domingo, 6 de janeiro de 2008

Papéis penalizados neste início de ano

O leitor Fábio pediu e nós fizemos um levantamento dos papéis mais penalizados recentemente e que possuem bons fundamentos para suportar este período de turbulência.

Cremos que o primeiro conjunto de empresas que devem ser consideradas no quesito "bons fundamentos" são aquelas que já possuem o grau de investimento concedido pelas agências internacionais de risco. Apesar do Brasil ainda não ter atingido este patamar, algumas empresas já alcançaram este grau, conforme matéria da Agência Estado. Algumas destas empresas possuem seus papéis cotados na BOVESPA:

AMBEV (AMBV4) Aracruz Celulose (ARCZ6) Banco do Brasil (BBAS3) Banco Itaú (ITAU4) Bradesco (BBDC4) CSN (CSNA3) Embraer (EMBR3) Embratel (EBTP4) Gerdau (GGBR4 e GOAU4) Petrobrás (PETR4) Telemar (TNLP3, TNLP4 e TMAR5) Unibanco (UBBR11) Usiminas (USIM5) Vale (VALE5) Votorantim Papel e Celulose (VCPA4)

Além destas empresas, a última edição da revista Exame traz uma reportagem sobre a Marcopolo (POMO4), destacando suas qualidades e informando que a empresa está próxima de alcançar o grau de investimento.

Deste seleto grupo, segue a relação dos papéis mais penalizados com seu respectivo P/LPA:

Papel06/1204/01DifP/LPA
UBBR1127,3722,69-17,09%9,93
BBDC459,5751,30-13,88%13,79
ITAU449,8643,00-13,75%13,75
VCPA459,1851,26-13,38%13,00
USIM589,4478,50-12,23%8,96

Para não ficarmos restritos a este seleto grupo, tentamos identificar outros papéis com bons potenciais de ganhos utilizando os seguintes critérios:

  1. Encontramos, com ajuda do Stock Search do Infomoney, os papéis com menor P/LPA (Preço / Lucro por Ação).
  2. Verificamos se esta ação teve perdas expressivas entre 06/12 e o último pregão, em 04/01.
  3. Filtramos os papéis para recuperar apenas aqueles que possuem boas indicações no MCI do Infomoney.

Vamos aos resultados:

Papel06/1204/01DifP/LPAMCI
CMIG439,4132,20-18,29%7,554,42
PSSA369,4960,99-12,23%8,884,69
ITSA413,1711,10-15,71%9,304,53
BRAP451,4044,20-14,00%14,674,00

O que nos chamou muita atenção foram as perdas do setor bancário nos primeiros pregões do ano, graças às medidas anunciadas pelo governo para compensar a perda da CPMF.

Mas alguém acredita que os bancos irão arcar com estes custos? O mais provável é que estes custos sejam repassados para que nós, meros mortais, possamos pagar esta fatura. E seus lucros permanecerão intactos.

E para finalizar, segue o link para uma matéria muito interessante do Portal EXAME, onde a Moody's lista as empresas brasileiras mais sensíveis à crise dos EUA.

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