quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

IBOV - Pior resultado mensal desde Maio/2006

No início da semana, o PortalExame publicou reportagem informando que, neste ano, 23 empresas já suspenderam suas ofertas de ações na BOVESPA. No dia seguinte, o Infomoney informou que foi a vez da IdeiasNet cancelar sua oferta.

Desta forma, terminamos o mês sem nenhuma oferta de ações. Se faltou emoção por causa da ausência de IPO's, não se pode dizer o mesmo quanto à volatilidade do mercado.

Tivemos o pior mês para o IBOVESPA desde maio de 2006. Para Dow Jones, o resultado foi o pior desde dezembro de 2002.

Desta forma, é cada vez mais importante ter uma estratégia bem montada e muita cabeça fria para segui-la fielmente. Aos que visam o curto prazo, lembrem-se sempre que agradecer ao inventor das Ordens de Stop. Aos que miram um prazo mais longo, muita calma nessa hora... Não se deixem impressionar com as variações diárias. Pensem sempre num intervalo mais longo.

Rossi (RSID3) - Bons fundamentos

Sempre muito ligados no mercado, os Investmaníacos identificaram nesta semana um bom ponto de entrada nos papéis da Rossi (RSID3).

Uma desvalorização de quase 50% em 3 meses chama a atenção de qualquer um, então resolvi olhar como andam as coisas no setor imobiliário como um todo.

A exemplo do que aconteceu com os papéis da Rossi, outras ações do setor também tiveram perdas expressivas. A tabela abaixo mostra quanto cada papel perdeu em relação à sua máxima nos últimos 3 meses.

PapelMax 3 meses31/01Diferença
CRDE326,9812,50-53,67%
EZTC311,455,70-50,22%
ABYA329,9117,20-42,49%
INPR323,4513,79-41,19%
SCAR324,5015,18-38,04%
RSID359,4537,40-37,09%

Como podemos ver, o mercado foi bem cruel com estas empresas neste período de crise. Olhando para estes papéis sob uma ótica fundamentalista, podemos observar que o setor imobiliário ainda está "caro" em relação a outros setores. De acordo com o Lafis, o P/LPA do IBOV é de 19,8, enquanto para o setor de construção é de 27,3.

Tentei buscar no StockSearch do Infomoney o P/LPA dos papéis que compõem este setor. Para muitos deles o indicador não está disponível, portanto segue a tabela com todos os papéis que possuíam o índice, acompanhado de sua nota no MCI, desenvolvido pelo Infomoney contendo as recomendações dos analistas, numa escala de 0 a 5.

PapelP/LPAMCIRecomendaçõesPreço AlvoValorização
CYRE319,803,44529,6729,54%
GFSA361,043,65641,1038,37%
RSID321,784,40666,4377,63%
CPNY319,413,13355,27261,26%

Aos fãs do setor imobiliário, os papéis da Rossi são uma ótima opção, bem como os da Cyrela e da Company, uma vez que estão mais "baratos" que seus pares e muito próximos da média do IBOVESPA.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Light (LIGT3) - Credit Suisse vê bom potencial de ganhos

Ontem saiu uma notícia no Infomoney indicando que o pessoal da Credit Suisse recomenda os papéis da Light. Resumindo a notícia: A gestão do novo controlador foi elogiada e o banco acredita que as ações podem fechar 2008 cotadas em R$36,00, resultando em um potencial de valorização de 50%.

Confesso que nunca dei muita atenção a este papel. Minhas preferidas no setor elétrico sempre foram CMIG4 e CPFE3, por sempre dominarem as indicações. Mas quando vi a notícia, resolvi analisar o papel com um pouco mais de atenção e gostei muito do que vi.

Nesta última seqüência de quedas, o papel atingiu uma cotação mínima de 22,05 no dia 23/01, respeitando uma linha de tendência de alta, representada pela linha azul do gráfico.

Depois disto, o papel voltou a ser cotado em níveis superiores às suas médias mais curtas, de 4 e 9 períodos, que valem atualmente 23,69 e 23,82, respectivamente.

Alguns indicadores podem confirmar a reversão de tendência do papel:

  1. O MACD está muito próximo se cruzar sua linha de sinal para cima;
  2. A média de 4 dias está próxima de cruzar para cima a média de 9 dias;
  3. O IFR de 9 dias está em 46,34, o que dá espaço para mais altas.

Entretanto, outros indicadores parecem indicar certo esgotamento da alta recente:

  1. O volume negociado abaixo da média;
  2. O Estocástico, em 76,18, está muito próximo da indicação de sobrecompra.

Para manter a tendência de alta, o papel poderá encontrar as seguintes resistências:

  1. 24,88 - Linha de 50% da fibonacci;
  2. 25,71 - Média de 21 dias, na linha laranja;
  3. 26,26 - Resistência do canal atual, destacado em vermelho.

É importante ressaltar que este foi o papel que compõe o IEE (Índice Energia Elétrica) mais penalizado no ano, conforme tabela abaixo com as 5 maiores perdas do setor:

Papel28/1229/01Diferença
LIGT328,6524,52-14,41
ENBR328,1724,40-13,38
GETI466,5059,40-10,67
CMIG432,5029,30-9,84
COCE521,5019,47-9,44

Ainda considerando o IEE, o papel ocupa a 2a posição com o menor P/LPA, ou seja, está barato em relação aos seus pares. Segue tabela com os 5 menores P/LPA do setor elétrico:

PapelP/LPA
COCE55,69
LIGT35,74
CLSC65,87
CPLE66,47
CMIG46,87

De acordo com o MCI, do Infomoney, 4 corretoras avaliaram o papel, que obteve nota 3,75 (numa escala até 5). O potencial médio de ganhos para o papel é de 43,74% até o fim do ano. De acordo com este indicador, existem papeis do setor elétrico com melhores avaliações:

PapelRecomendaçõesMCIPotencial
GETI484,3836,20%
EQTL1184,3843,30%
CMIG4104,3172,92%
ENBR384,2253,98%

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Artigo do Infomoney - Período volátil exige seleção criteriosa das ações na bolsa pelo investidor

Nos últimos anos ficamos muito mal acostumados com as altas quase incessantes da bolsa. Neste boom do mercado, que se iniciou em 2003, acredito que todos foram capazes de obter resultados muito positivos, mas nos últimos meses o céu de brigadeiro encontrado até então parece estar se transformando num cenário de muitas chuvas e trovoadas.

Este artigo do Infomoney, publicado na última semana, serve como uma lembrança para que sejamos mais criteriosos na escolha dos papéis.

É claro que vez por outra alguém se encanta com o canto da sereia daquelas ações que ninguém nunca ouviu falar e de repente sobe 50 ou 100% de um dia para o outro. Mas nesse período turbulento, é melhor ficar na segurança de ações com melhores fundamentos.

Eu mesmo sou um grande fã de ações de 2a ou 3a linha, mas não abandono mais pelo menos uma olhada rápida nos fundamentos da empresa. Coisa de gato escaldado, que já levou alguns banhos de água fria ao achar que tinha encontrado a mina de ouro.

Período volátil exige seleção criteriosa das ações na bolsa pelo investidor Por: Felipe Abi-Acl de Miranda

O momento de grande volatilidade dos mercados exige cuidados adicionais do investidor ao assumir um posicionamento na renda variável. O período é bastante delicado e a exposição ao papel errado pode acabar em prejuízos elevados.

Com temores de recessão nos EUA e necessidade de investidores estrangeiros de buscar liquidez, a sensibilidade do preço dos ativos ao cenário externo está muito alta, aumentando o potencial de perdas de uma operação.

Cautela no curto prazo Em relatório semanal, o banco BNP Paribas reiterou sua postura cautelosa em relação às ações em um horizonte de curto prazo, pois ainda há muitos eventos capazes de causar "solavancos nos preços e alterações de cenário".

Contudo, em um horizonte temporal mais dilatado, o BNP Paribas considera que o atual nível de preços das principais blue chips brasileiras é convidativo. O banco francês, porém, reforça a preferência por empresas com os melhores fundamentos e boa liquidez.

Com interpretação semelhante, a Ágora Corretora recentemente atualizou suas carteiras de ações de forma a conferir maior peso a papéis com fundamentos imaculados. A idéia central é de que tais empresas atravessariam com maior resiliência um período de dificuldades da economia internacional.

Além disso, seria natural imaginar maior desvalorização dos ativos com caráter mais especulativo em situações como a atual. Na busca por liquidez, o investidor tenderia a se desfazer primeiro de papéis com fundamentos piores, procurando preservar em carteira as "boas ações".

Dividendos são opção Uma alternativa interessante é buscar ações de boas pagadoras de dividendos. A carteira semanal da corretora SLW, por exemplo, foca exatamente a distribuição de proventos. "Nesse cenário de forte queda de ativos por conta da possibilidade de uma recessão nos EUA, recomendamos ficar posicionado em ações que pagam bons dividendos".

Usualmente, tais empresas contam com forte geração de caixa, maior estabilidade do preço das ações e alto grau de previsibilidade de resultados, o que pode reduzir os efeitos adversos de uma crise externa.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Artigo do Infomoney - Finanças Comportamentais

Mais um bom artigo publicado nesta semana pelo Infomoney. Sejamos honestos: quem nunca se flagrou agindo pelo impulso num momento de nervosismo do mercado? Seja para vender uma ação num momento de forte queda, ou ir com a maré às compras, sem a devida avaliação do ativo em vista. Principalmente nestas horas, disciplina pode ser um diferencial.

Finanças Comportamentais: em momentos de pânico no mercado, não faça nada Por: Felipe Abi-Acl de Miranda

A volatilidade das bolsas tem sido expressiva nas últimas sessões. Embora os mercados tenham recuperado parte das perdas recentes na terça-feira (22), o acumulado de 2008 ainda representa prejuízos significativos em nível global.

A variação diária dos principais índices de ações vem sendo superior à média histórica e, na maior parte das vezes, negativa. Medo de recessão nos EUA, necessidade de liquidez por parte dos investidores estrangeiros ou maior aversão ao risco? O que explica a derrocada recente do preço das ações em bases diárias?

Nenhuma das alternativas anteriores Segundo as Finanças Comportamentais, nada disso. Em horizontes temporais reduzidos, como um dia, as oscilações dos preços dos ativos financeiros não teriam relação com os fundamentos econômicos.

Fatores psicológicos como racionalidade parcial, efeito manada e viés de projeção determinariam a evolução das ações no diário. Assim, tentar entender grandes oscilações via explicações racionais seria inócuo.

Obviamente, os fundamentos econômicos são, sim, fatores determinantes do preço dos ativos. Mas sua influência no curto período seria bastante reduzida.

A bolsa despencou, o que eu faço? Se não são os fundamentos os vetores por trás da variação das ações no intraday e em outros intervalos de tempo comprimidos, o que fazer em dias de pânico?

A recomendação tradicional é justamente não fazer nada. Estratégias de investimento tomadas em dias de extremo nervosismo podem resultar em prejuízos importantes.

A sugestão de passividade é recorrente. Em pregões nos quais o Ibovespa cai mais de 5%, não entre em pânico junto com a média do mercado. Fundamentos econômicos não se concretizam em períodos iguais a um dia. Se você não precisa de liquidez imediata, esqueça o noticiário. Mantenha sua estratégia pré-definida e espere que os fundamentos voltem a se sobrepor aos fatores psicológicos.

Ufa!!

Ufa! Que semana, hein? Depois de uma semana cheia de emoções, vai ser um tédio passar o dia de amanhã sem pregão na BOVESPA...

Se algum cidadão teve a graça de passar a semana de férias, isolado das notícias do mercado e simplesmente recebesse a notícia de que o IBOV teve a variação de -0,1% (havia digitado 0,01, mas corrigi logo pela manhã) na semana iria achar que foi uma semana morna, sem grandes notícias. Ao se deparar com um gráfico mais detalhado, certamente tomaria um baita susto!

Por mais incrível que pareça, esta semana teve esta mísera variação. Fechamos a sexta-feira com 57.506 pontos e encerramos o pregão de hoje com 57.463 pontos. Depois de tanta histeria, só 43 pontos de variação.

Para aqueles que miram o longo prazo e mantiveram a calma, essa semana não passou de uma tempestade em um copo d'água. Para aqueles que preferem acompanhar cada oscilação do mercado, foi uma semana perigosa.

Mas, vamos ao que interessa: um pequeno balanço das ações que compõem o IBrX-100 e que tiveram as maiores oscilações.

Maiores altas da semana:

Papel18/0124/01DiferençaIFR 9Estocástico
VIVO47,958,73+9,81%45,2769,50
RAPT414,7515,98+8,33%40,9764,15
PETR384,4091,20+8,05%42,2372,90
DURA432,7034,95+6,88%34,3667,84
PETR471,8076,74+6,88%40,1872,06

Maiores baixas da semana:

Papel18/0124/01DiferençaIFR 9Estocástico
IDNT37,005,55-20,71%19,8210,40
NETC420,9918,31-12,76%13,4712,15
ECOD34,544,02-11,45%17,747,14
PDGR321,8019,35-11,23%19,0524,06
ELET323,5220,99-10,75%32,8116,39

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Sadia (SDIA4) - Ainda em tendência primária de alta

Nos últimos dias a Sadia voltou aos noticiários com a aquisição da Excelsior Alimentos. Aproveitamos então para fazer uma breve análise deste papel.

Ontem o papel testou o suporte de sua tendência primária de alta, indicada pela linha azul do gráfico. Com a reação de hoje, o papel conseguiu manter a tendência de alta.

O volume negociado hoje foi de R$ 48,45 milhões, estando bem acima de sua média de 21 dias, em R$ 22,45 milhões, o que pode confirmar o movimento de alta.

O papel também se encontra no limite inferior das bandas de bollinger, destacadas em vermelho no gráfico, o que também indica que o movimento de baixas pode estar bem próximo do fim.

O IFR de 9 dias marcou 25,63 no dia de ontem, enquanto o Estocástico marcava 8,33. Com a reação de hoje, estes indicadores estão em 37,83 e 22,63, respectivamente.

Enfim, graficamente este papel encontra-se numa situação muito interessante, mas o panorama geral requer muita cautela.

Sobre os fundamentos da empresa, é importante destacar que seu P/LPA é muito baixo se comparado a Perdigão. Para a Sadia, o indicador vale 10,22 contra 18,26 da Perdigão. Na comparação do P/VPA, a Sadia também leva vantagem: 2,28 contra 2,67.

Segue um pequeno apanhado de notícias recentes da empresa:

03/12 - Sadia anuncia aos acionistas aquisição da Big Foods 12/12 - Em 2007, Sadia espera R$ 1 bilhão investido e avanço nas vendas próximo a guidance 07/01 - Sadia celebra contrato de compra da avícola Goiaves por R$ 60 milhões 18/01 - Sadia informa aquisição de capital social da Excelsior Alimentos 21/01 - Para analistas, aquisição da Excelsior pela Sadia não deve trazer grandes impactos

Recentemente, os papéis da Sadia foram recomendados por:

Planner Corretora - Carteira para Janeiro/2008 Alpes Corretora - Carteira para Dezembro/2008 ABN Amro - Indicações para recessão nos EUA

Por outro lado, o Unibanco sugeriu a venda dos papéis da Sadia para aquisição de Perdigão.

No Índice MCI, produzido pelo Infomoney, a Sadia possui 14 recomendações com pontuação de 4,09 e preço alvo em 13,33, gerando uma valorização de 44,40%. Já a concorrente Perdigão possui 8 indicações com pontuação de 4,61 e preço alvo em 59,85, representando uma valorização de 62,10%.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Artigo do Infomoney - Ações em queda: algumas dicas para enfrentar o momento atual

Segue um excelente artigo do Infomoney, publicado em 16/01, para este período de turbulência. Mais uma vez, destacando a importância de se manter fiel à estratégia de investimento escolhida neste momento de instabilidade.

Ações em queda: algumas dicas para enfrentar o momento atual Por: Equipe InfoMoney

A aplicação em ações é um investimento de risco. Embora esta frase tenha sido repetida diversas vezes nos últimos anos, a forte valorização do mercado acionário brasileiro nos últimos cinco anos pode ter trazido para muitos a percepção de que isso não corresponde à realidade.

No entanto, os primeiros dias de 2008 evidenciam que perdas significativas podem ocorrer para quem investe em Bolsa. Se, por um lado, a queda do preço das ações nos últimos dias significa uma redução no ganho acumulado para quem comprou os papéis há algum tempo, para muitos "marinheiros de primeira viagem", isso pode implicar perdas absolutas.

Manter a calma é fundamental A pergunta para muitos investidores é simples: devo vender com perdas ou permanecer "abraçado" às ações mesmo em momentos tão complicados como o atual? A resposta, porém, não é tão imediata, já que depende do perfil de cada um. Antes de tomar qualquer decisão, você deve manter a calma e tomar uma decisão racional, o que reduz em muito o risco de arrependimento no futuro.

Quem está na bolsa olhando para o longo prazo pode provavelmente ficar menos preocupado, pois altas e baixas (muitas vezes significativas) fazem parte do mercado. Se as baixas foram poucas e sempre compensadas por altas subseqüentes desde 2002, isso se deve a um momento espetacular de mercado, não visto há décadas. O importante, porém, é que investir em ações traz bons retornos para quem mantém o investimento por vários anos.

Já quem investiu pensando somente em lucros de curto prazo pode ficar mais preocupado. Parte dos analistas indica que o movimento de correção pode continuar, levando o mercado de ações a um patamar ainda mais baixo. Nesta hora, vender com perdas é ruim, mas esperar mais pode sair mais caro. Por outro lado, o mercado pode se recuperar, e quem vender agora pode se arrepender mais tarde.

O que esperar Não existe um consenso entre os analistas em relação à intensidade do movimento atual de correção do mercado. Muitos indicam que as perdas podem se intensificar, refletindo a delicada situação da economia norte-americana e seus efeitos sobre as ações brasileiras. Estudos baseados em situações similares no passado indicam que os mercados de ações emergentes tendem a perder cerca de 40% de seu valor em ciclos de recessão nos EUA.

Por outro lado, muitos apontam que as condições atuais são diferentes. Além de significativas melhoras estruturais, países como o Brasil são hoje muito menos dependentes dos EUA do que no passado. Embora a importância da economia norte-americana seja inegável, o principal motor de crescimento nos últimos anos em muitos segmentos tem sido a China, que não parece, até agora, sofrer efeitos significativos de contágio.

Como não há consenso, tente se informar ao máximo para tomar sua decisão, seja através de opiniões de analistas e especialistas ou de outros investidores (fóruns de mercado podem ser interessantes para detectar o sentimento dos investidores). Porém, acima de tudo, analise todas as variáveis para chegar a uma conclusão que não irá se arrepender no futuro.

Siga estratégia pré-definida A situação complicada de quem investiu somente mirando uma oportunidade de curto prazo mais uma vez evidencia que o mercado de ações pode ser perigoso, principalmente para quem não adota uma estratégia pré-definida. Em geral, os movimentos de queda são rápidos e significativos, penalizando quem não se preparou adequadamente.

Para evitar erros no futuro, uma recomendação de muitos operadores é adotar estratégias de stop, ou seja, ao comprar um papel estabelecer um nível mínimo para vendê-lo. Por exemplo, ao comprar um papel a R$ 50, você pode, por exemplo, estabelecer um stop a R$ 45, o que corresponderia a uma perda de 10%. Mesmo em cenário negativo, você ao menos limita a sua perda.

Investir em ações é mais complexo do que muita gente diz, mas pode ser muito lucrativo para quem adota a estratégia correta. Aplicar de forma a encontrar o melhor equilíbrio entre rentabilidade e risco implica conhecer bem o mercado, o que somente é possível através de um processo de educação contínua. Investir de forma inteligente certamente pode reduzir o estresse pelo que passa o investidor em ações em momentos como o atual.

Papéis com IFR / Estocástico em níveis muito baixos

Depois de uma semana tão negativa, segue uma relação de alguns dos papéis mais penalizados dentre aqueles que compõem o IBrX-100.

Desta vez, os critérios utilizados para encontrar os ativos foram:

  1. IFR de 9 dias abaixo de 25;
  2. Estocástico abaixo de 20.

Estes indicadores demonstram que a força negativa já foi muito forte e o papel pode encontrar-se próximo de uma reversão. É claro que para isto, o cenário como um todo precisa colaborar.

Além destes indicadores, a tabela contém o valor da ação no último pregão de 2007, o valor de fechamento no último pregão e a variação neste período.

Papel28/1218/01DiferençaIFR 9Estocástico
OHLB322,4918,99-15,56%14,2811,76
DURA443,5032,70-24,82%16,016,62
ITAU445,4839,05-14,13%16,4316,62
CCRO327,5024,39-11,30%18,4615,73
BBDC350,4545,00-10,80%23,1618,04
PRGA343,9237,96-13,57%23,203,28
BBDC455,7547,89-14,09%23,3413,78
VCPA454,2045,67-15,73%24,098,10
BRAP447,6040,00-15,96%24,1516,67
TAMM442,6535,48-16,81%24,3915,63
VIVO49,417,95-15,51%24,937,41
RSID345,5035,40-22,19%24,955,49

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Leitores do Vixtraders invertem tendência de ações do BANESTES

Após um simples e despretensioso comentário a respeito das ações do BANESTES (BEES3), os milhares de leitores deste blog foram às compras e levaram as ações do banco à uma espetacular alta de quase 18%.

É claro que isto é uma piada. Do jeito como andam as coisas na BOVESPA neste início de ano, uma das poucas saídas é tentar fazer piada da situação. 8% de baixa no ano!

Outra solução para quem mora na Grande Vitória, é tentar ligar para (27) 3223-4111. Trata-se do CVV - Centro de Valorização da Vida. Se você mora em outro estado, procure o telefone do posto de atendimento mais próximo de você. Conheço algumas pessoas que estão "casadas" com alguns papéis e que estão a um passo de fazer uma besteira.

Brincadeira à parte, segue matéria publicada no Infomoney com a avaliação de alguns profissionais a respeito dos rumos da BOVESPA, sob a ótica da Análise Técnica.

Análise técnica: perda de suporte pode levar Ibovespa de volta aos 53 mil pontos Por: Juliana Pall Farias

Perdas bilionárias entre as instituições financeiras e fracos indicadores da economia norte-americana trouxeram mau humor generalizado aos mercados globais nas últimas sessões, contaminados pela crescente percepção de que os EUA caminham para um período de recessão.

Nesta quarta-feira (16) não foi diferente, e o Ibovespa chegou ao fim de mais um pregão marcado pelo mau humor internacional com acentuada desvalorização de 1,89%, aos 58.777 pontos.

A avaliação dos analistas técnicos consultados pela InfoMoney é que a perda do importante suporte de 59.600/59.400 pontos é um indício de que o mercado mostra força vendedora, o que pode levar o Ibovespa de volta aos 53 mil pontos.

Testando outros suportes no meio do caminho

Rubens Góes, analista técnico da Ativa Corretora, avalia que a perda dos 59.400 pontos resultou no rompimento da congestão do gráfico diário, e o caminho até os 53 mil pontos traz outros suportes a serem testados, na casa dos 58.000 e 55.60 pontos.

Na análise de Marco Ignatowski Barcelos, da assessoria de investimentos Investor, o rompimento do importante suporte de médio prazo, entre 60.000 e 59.600 pontos, deixa o mercado com espaço para testar os patamares de 58.100 e 57.700 pontos, mas ainda não mostra tendência definida, encontrando-se em formação de retângulo.

É a reversão da tendência de alta?

A leitura de Leandro Panazzolo Ruschel, da Leandro.Stormer, mostra que o mercado produziu um forte movimento de queda na última sessão, rompendo um triângulo simétrico de indecisão formado nas últimas semanas. Este triângulo se situa dentro de uma área de congestão maior, com a zona de suporte principal de 58.000/60.000 mil pontos, que novamente começa a ser testada.

No curtíssimo prazo, Ruschel acredita na manutenção do suporte nesta faixa, porém, em um prazo maior a expectativa é de perda, com novo objetivo na casa dos 53.000 pontos. Contudo, não há sinais de reversão da forte tendência de alta na qual o mercado se encontra desde 2002. "A acomodação dos preços pode trazer oportunidades interessantes em breve", alerta Ruschel.

O caminho da recuperação

A fraca abertura do Bollinger do gráfico diário e a proximidade do fundo da atual congestão sinalizam a Rubens Góes que o mercado pode virar a mesa e buscar novas resistências. Isto porque, acima dos 60.600 pontos, o Ibovespa volta a ultrapassar a linha de alta no gráfico de 120 minutos, com novos objetivos em 61.000, 61.500 e 62.000 pontos.

Por sua vez, o BB Investimentos enxerga que uma melhora de cenário pode levar o índice à busca de novas resistências, em 60.700, 61.700 e 63.000 pontos. Já Barcelos, da Investor, mostra que a manutenção do suporte na faixa de 60.000/59.600 pontos e a retomada do movimento de alta levariam o Ibovespa rumo ao topo do nível de 65.450/65.950 pontos.

Banestes (BEES3) - O banco da nossa terra

Depois de muito tempo resolvi olhar a situação das ações do BANESTES, o Banco do Estado do Espírito Santo.

Ok, os serviços oferecidos pelo banco são péssimos, mas não há como negar que na gestão do atual governador o banco melhorou muito sua imagem e o mais importante: passou a dar lucro!

Os papéis do BANESTES não possuem grande liquidez, mas também não chegam a ser a pasmaceira do Banco Santander (SANB4). Hoje BEES3 teve 152 negócios e volume de R$ 587 mil. Já o Santander, um banco muito maior, teve míseros 2 negócios, movimentando R$ 92 mil.

É importante salientar que no dia 28/11 o banco protocolou junto à CVM o pedido para oferta pública de ações. O pedido ainda está sendo analisado. Isto deve por fim às ondas de boatos de privatização que vez por outra traziam grandes oscilações o papel.

As ações do BANESTES fecharam o dia cotadas a R$ 1,12. Desde o dia 21/06 o papel não tem um fechamento tão baixo.

Mesmo não sendo a característica de investimento deste escriba, este papel pode ser uma boa opção para o longo prazo. Neste caso, vale a regra de ouro de ir comprando aos poucos.

Olhando para o gráfico, é possível ver que:

  1. O IFR de 9 dias já se encontra em um nível muito baixo, em 21,46;
  2. O Estocástico também está quase esgotado, em 11,42;
  3. O fechamento de hoje está próximo da cotação mínima (1,11) do fundo formado em 16/08.

Comparando o P/LPA do BANESTES com outros bancos, podemos ver que ele está mais "barato" que a média de seus pares. Vejam quadro com o P/LPA de alguns bancos de grande e médio porte:

PapelP/LPA
ITAU46,62
PINE48,69
BEES39,30
BBDC413,64
DAYC414,30
IDVL419,01
BBAS319,02
SFSA420,21
UBBR1120,80

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Artigo do Infomoney - Estratégia de entrar em IPOs e vender na estréia foi vitoriosa em 2007?

O Portal Exame noticiou hoje que a empresa Nutriplant será a primeira a realizar um IPO em 2008.

Na contramão dos grandes IPOs que marcaram o fim de 2007, a empresa será listada na BOVESPA Mais, um segmento voltado para empresas que pequeno e médio porte.

Caso as ações sejam precificadas no teto das estimativas, a empresa levantará menos de R$ 40 milhões. Quase nada, se comparado aos mais de R$ 5 bilhões da BOVESPA Holding e da BM&F.

No meio de tanta turbulência, quem se arrisca? O prospecto ainda não foi divulgado, portanto não é possível obter informações mais detalhadas a respeito desta oferta.

De toda forma, aproveito para recuperar uma matéria publicada no Infomoney no final do ano questionando a estratégia de marcar presença em todos os IPO's. No fim das contas, valeu a pena participar dos IPO's. Na média, o rendimento foi de 4,8% no final do primeiro dia de negociação.

Nada mal, mas prefiro continuar sendo bem seletivo para participar dos IPO's. Ainda mais neste período turbulento, onde os investidores estrangeiros estão menos tolerantes a riscos e com os novos mecanismos anti-flipping adotado em alguns casos.

Vamos ao artigo!

Estratégia de entrar em IPOs e vender na estréia foi vitoriosa em 2007? Por: Juliana Pall Farias

Quem gosta de novas opções no mercado acionário não pôde reclamar de 2007. No total, o ano contou com 64 IPOs (Initial Public Offering), distribuídos entre os mais variados setores.

Uma estratégia muito utilizada pelos investidores com o perfil de curto prazo foi entrar nestas ofertas e vender as ações na estréia. A prática foi tão comum que Bovespa Holding e BM&F contaram com políticas anti-flippers, na tentativa de barrar a participação destes investidores.

A operação pode se mostrar vantajosa, porém, apresenta risco, já que a possível direção da variação do preço do papel no primeiro dia de negócios, em tese, é incerta. Será que a aposta nesta estratégia em 2007 foi vitoriosa?


Falando em números

Alguns IPOs proporcionaram ganhos poucas vezes visto. O melhor exemplo é a Bovespa Holding, que, além de generoso rateio, no qual os investidores de varejo levaram pouco mais de R$ 12 mil em ações, só no primeiro dia de negócios teve valorização de 52,13%.

Na contrapartida, os papéis de Agrenco e JBS-Friboi se destacam pela forte queda na estréia, de respectivamente 14,23% e 12,50%. No total, foram 18 papéis com fechamento no negativo, 9 no mesmo preço fixado no procedimento de bookbuilding e os 37 restantes com ganhos no encerramento do primeiro pregão na Bovespa.

Considerando a valorização média de todas estas operações, um investidor que adquiriu R$ 5 mil em ações por operação conseguiu lucrar (caso tenha participado de todos os IPOs com este montante e vendido suas ações no fechamento do primeiro dia de negociações), em média, R$ 240,00 por transação.

Em 2006, esta operação se mostrou mais rentável: a média de ganhos entre os 26 IPOs realizados no ano passado foi de 6,77%. No exemplo acima descrito, de um investimento de R$ 5 mil em cada uma destas ofertas de ações, o retorno médio foi de cerca de R$ 338,50.

Mercado seletivo

Uma das explicações mais escutadas no mercado para este menor retorno médio é a maior seletividade dos investidores. A ampla gama de novas opções trouxe uma maior preocupação no que diz respeito aos fundamentos da empresa e suas preocupações com as práticas de governança corporativa.

Antes de entrar na oferta, o investidor procurou fazer sua lição de casa e verificar se o preço cobrado por ação era justo. Assim, para aqueles com perfil de curto prazo, segue a dica: junto ao prospecto destas ofertas, cabe uma análise fundamentalista mais detalhada das empresas que estão ingressando na Bovespa.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Papéis mais distantes das médias de 4 e 50 dias

Atenção: Este post deveria ter sido publicado antes do início do pregão da segunda-feira, portanto os dados se referem ao fechamento do pregão do dia 11/01.

Para este período de instabilidade é interessante identificar quais são os ativos que mais se distanciaram de suas médias móveis. Assim, escolhemos a média de 4 dias para quem prefere trabalhar em prazos mais curtos e a média de 50 dias, para aqueles que trabalham com um horizonte um pouco mais longo.

Para as duas médias, foram relacionados os 5 ativos com maior variação positiva e os 5 ativos com maior variação negativa entre aqueles que compõem o IBrX-100.

Vamos aos resultados:

Média Móvel de 4 dias - Ações abaixo da média

PapelÚltimoMédiaDiferença
BRTP424,8027,07-9,18%
BRTO417,1518,32-6,86%
KSSA312,9013,46-4,39%
CESP645,1546,99-4,07%
ARCZ612,1012,58-4,02%

Média Móvel de 4 dias - Ações acima da média

PapelÚltimoMédiaDiferença
TNLP443,2041,18+4,67%
POMO47,607,27+4,30%
CTAX448,8447,28+3,18%
TNLP371,3069,35+2,73%
TMAR577,8076,00+2,30%

Algumas notícias relevantes a respeito destes papéis:

Telemar x Brasil Telecom 07/01 - Ações de Telemar e Brasil Telecom resistem a perdas e disparam com rumores 09/01 - Após disparada dos papéis, controladora da Oi confirma estudar reestruturação 10/01 - Grupo Brasil Telecom nega que esteja a um passo de ser vendido para a Oi 10/01 - Com fusão em foco, papéis de BrT e Telemar lideram as duas pontas do Ibovespa 11/01 - Ações da BrT caem 8% na semana com rumores de fusão com a Telemar 11/01 - Ação da Telemar sobe quase 30% e ajuda a segurar Ibovespa em semana instável Klabin Segall 04/01 - Analistas do Santander opinam sobre performance de vendas da Klabin Segall CESP 12/11 - CESP reverte prejuízo e lucra R$ 50,9 milhões no terceiro trimestre deste ano 26/12 - Cesp retoma estudos de privatização e ações disparam 28/12 - Papel PNB da Cesp lidera ganhos do Ibovespa em dezembro com privatização 02/01 - Privatização: Cesp marca audiência pública na Bovespa para 15 de janeiro 09/01 - Compradores da Cesp podem pagar entre R$ 45,00 e R$ 63,00 por ação, diz banco Aracruz 11/01 - Aracruz abre temporada de resultados no Brasil com redução do lucro 11/01 - Após resultados fracos, papéis da Aracruz lideram as perdas no Ibovespa Agora, os papéis com maior diferença em relação às médias móveis de 50 dias:

Média Móvel de 50 dias - Ações abaixo da média

PapelÚltimoMédiaDiferença
ECOD35,758,02-39,55%
POSI335,5544,27-24,54%
LAME414,0617,11-21,71%
LREN332,0038,93-21,65%
DURA438,3946,40-20,87%

Média Móvel de 50 dias - Ações acima da média

PapelÚltimoMédiaDiferença
CESP645,1535,83+20,62%
TNLP443,2035,57+17,65%
TMAR577,8064,66+16,88%
TNLP371,3060,74+14,81%
LUPA358,4052,32+10,40%

Algumas notícias relevantes a respeito destes papéis:

Lupatech 13/11 - Lupatech finaliza transação envolvendo a argentina Jefferson Sudamericana 17/12 - Lupatech firma acordo de investimento e compra de quotas com Axxon Group 21/12 - Lupatech comunica ratificação da aquisição de empresas Duratex 30/11 - Mercado reage mal a resultados e ações da Duratex caem 23% no mês 20/12 - Link vê ações da Duratex descontadas e recomenda compra 28/12 - Santander altera sugestão de manutenção para compra de ações da Duratex Lojas Renner 11/12 - Ações da Lojas Renner caem 8% e lideram perdas do Ibovespa 13/12 - Lojas Renner aposta em recuperação nas vendas nos dias próximos ao Natal 07/01 - Lojas Renner anuncia crescimento da receita líquida no último trimestre 08/01 - Ações da Lojas Renner caem após resultados, mas analistas mantêm otimismo Lojas Americanas 13/11 - Lojas Americanas registra recuo de 86,3% em seu lucro líquido 28/12 - Ativa elege ação da Lojas Americanas a preferida no setor varejo 09/01 - Lojas Americanas: Morgan Stanley inicia cobertura projetando upside de 17% Positivo Informática 07/11 - Lucro líquido da Positivo quase dobra e atinge R$ 58,7 milhões no terceiro trimestre 22/11 - Lançamento de conversores de TV aberta é benéfico à Positivo, diz corretora Ativa 29/11 - Parceria entre Vivo e Positivo Informática é bem recebida por analistas 02/01 - Ação da Positivo Informática despenca com possível fim de vantagem fiscal 08/01 - Positivo esclarece mercado a respeito de notícia veiculada na imprensa Brasil Ecodiesel 09/11 - Brasil Ecodiesel reverte resultado negativo e lucra R$ 1,1 milhão no trimestre 16/11 - Brasil Ecodiesel comunica vitória em pregões da ANP para venda de biodiesel 16/11 - Com aumento da competição no setor, Citi reduz sugestão a ações da Brasil Ecodiesel 27/12 - Brasil Ecodiesel vende 35.900 m³ de biodiesel em leilão para Petrobras

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Artigo do Infomoney - Em tempos de volatilidade, a melhor estratégia é operar no curto prazo?

Outro artigo muito interessante publicado no Infomoney, em 19/12/2007. Em tempos de volatilidade, a melhor estratégia é operar no curto prazo? Por: Juliana Pall Farias Não é de hoje que os pregões na Bovespa são marcados por forte volatilidade. Desde que a crise subprime eclodiu nos EUA, ao final de julho, foram poucos os períodos de alívio nos mercados. E não foram poucas as carteiras de ações que, acompanhando o vai e vém da bolsa, ora registravam lucro, ora prejuízo. Será que, em cenários turbulentos como o atual, a melhor estratégia para o investidor é operar no curto prazo? Obter certo lucro e realizar, ou atingir certo prejuízo, assumi-lo e partir para uma nova aposta? Para responder estas perguntas, primeiro é preciso que o investidor saiba qual é o seu perfil. Como explica Otávio Santana, gerente de home broker da corretora Coinvalores, para aqueles com perfil de curto prazo a volatilidade é "um prato cheio". Aqueles que acompanham o mercado diariamente, com maior atenção, buscam em momentos como esse proveito das distorções nos preços dos ativos. Não fique de fora da recuperação Contudo, quanto mais volátil o mercado, mais riscos ele apresenta, e é preciso ter isto em mente antes de tomar suas decisões. Na opinião do especialista da Coinvalores, o risco de o investidor operar no curto prazo é justamente perder a recuperação passado o período de mau humor nos mercados. Gustavo Barbeito, analista da Prosper Gestão de Recursos, compartilha da opinião de que operações de curto prazo em períodos de instabilidade na bolsa talvez não seja a melhor alternativa para os investidores pouco familiarizados com esta estratégia. Para Barbeito, o investidor de varejo deve olhar para a renda variável com foco em montar uma poupança. No médio e longo prazo, essas oscilações do curto prazo se dissipam. Como lembra o analista, em agosto - mês marcado pelo ápice da crise nas bolsas globais - muitos investidores se assustaram com as perdas e ficaram de fora da recuperação. "O balanço entre curto e longo prazo favorece o longo prazo", avalia Barbeito. O que fazer então? Além do "sangue frio" diante das perdas nos períodos instáveis, Santana recomenda que o investidor compre sempre, seja na volatilidade, seja na alta. Assim, independente ao patamar em que você adquiriu determinado ativo, é possível montar um preço médio que, no médio e longo prazo, trará retornos atrativos. Afinal de contas, acertar o momento certo de comprar e vender, nos preços máximos e mínimos, não é tarefa simples. Para os que querem arriscar um pouco mais e tirar proveito da volatilidade da bolsa, o especialista recomenda que seja destinada uma menor parcela de seu patrimônio para operações no curto prazo. Assim, caso ocorram perdas, estas não terão grande peso no saldo total de seus investimentos. Outra boa pedida na opinião do gerente de home broker da Coinvalores é realizar mudanças que possam maximizar o retorno de sua carteira. Olhar para papéis de um mesmo setor e, caso seja atrativo, fazer uma troca intersetorial. Porém, isto não significa que o investidor deva trocar toda sua carteira, o que o onera em custos. A dica do analista da Prosper Gestão de Recursos é que a avaliação do rebalanceamento da carteira, em não mais que seis meses e não menos que um a dois anos, a não ser que se observe forte mudança de fundamentos, o que, a despeito do peso das incertezas que ronda os mercados, não é o cenário que se apresenta no momento.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Lojas Renner (LREN3) - Analistas continuam otimistas

Ontem falamos aqui que as Lojas Renner anunciaram o resultado do 4T07 com um crescimento de 22% da receita líquida, mas ainda não havia nenhum parecer os analistas de mercado. Pois hoje o Infomoney publicou que os analistas mantêm o otimismo em relação ao papel e esperam valorização de 40% até o fim do ano. Apesar disto, os papéis seguem numa queda que parece não ter mais fim. Mesmo num dia bom para o IBOV, o papel caiu até 31,20.

Positivo Informática (POSI3) - Revertendo a tendência?

Os papéis da Positivo Informática fecharam o dia com uma forte alta de mais de 7%, fechando em 38,14.

Este foi o primeiro pregão de alta do papel após a Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo anunciar o corte de incentivos fiscais para a empresa.

Com isto, o papel recuperou um patamar superior ao fundo estabelecido em 16/08 (linha horizontal preta) e ficou muito próximo do fundo estabelecido em 02/10 (linha azul).

Caso o papel confirme a reversão de tendência no pregão de amanhã, pode ser uma boa oportunidade para o curto prazo.

Neste caso, serão encontradas resistências em:

  1. 40,47 - média móvel de 9 dias, destacada em laranja;
  2. 42,46 - média móvel de 14 dias, destacada em azul;
  3. 43,53 - linha de tendência de baixa, destacada em vermelho;
  4. 44,80 - média móvel de 50 dias, destacada em roxo.

Como sempre, recomendamos um stop bem curto.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Artigo do Infomoney - Encontrando o seu objetivo no mercado

Nas lições que tirei do erro de fim de ano, falei que é importante ser fiel à sua estratégia de investimento. Segue artigo publicado no Infomoney, em 10/12/2007, que fala da importância de se ter objetivos claros ao investir na bolsa de valores. O autor do artigo, Leandro Ruschel, é sócio-fundador da Leandro&Stormer e escreve mensalmente para o Infomoney, às segundas-feiras. Encontrando o seu objetivo no mercado Por: Leandro Ruschel A maior parte dos investidores ou traders que operam no mercado não sabe exatamente qual é o seu objetivo, o que dificulta bastante a obtenção de um resultado positivo. Na verdade, para quem não tem um objetivo claro, qualquer resultado atingido não tem como ser questionado. Quando eu faço essa pergunta nos cursos: - "Qual é o seu objetivo na bolsa?", muitas pessoas respondem prontamente: - "É ganhar dinheiro, ora bolas." Mas esse não é um objetivo que possa ser mensurado ao longo do tempo, não é um objetivo claro, ou seja, não é válido. Há diversas formas possíveis de atuar no mercado. Pode-se atuar como um investidor, fazendo uma poupança em ações para o longo prazo. É possível, também, especular no mercado, tentando identificar pontos de possível fundo e topo dos preços, com operações que podem durar de alguns meses a alguns minutos, gerando resultados mais imediatos. Essa pode ser uma atividade profissional exclusiva ou uma atividade complementar. Qualquer que seja o caso, é preciso definir o que se quer alcançar no mercado. Quanto maior o objetivo de rentabilidade, maior será o risco necessário que o investidor deve aceitar. Quanto menor o prazo das operações e maior o tempo de dedicação, maior será o capital e o conhecimento necessário para produzir operações vencedoras. A forma mais fácil de participar do mercado é através de uma política de compra de ações aos poucos, com objetivos de longo prazo. Escolhendo empresas sólidas, com um histórico de bons resultados e de respeito ao pequeno acionista, é possível alcançar um resultado médio real de 20% ao ano. Pelo menos esse tem sido o resultado médio alcançado nas últimas décadas para quem seguiu essa estratégia. É possível buscar um resultado maior, mas nesse caso é preciso correr mais riscos e entender a natureza de movimentação do mercado num prazo mais curto de tempo. O objetivo é encontrar os melhores momentos de compra e venda, num processo de tentativa e erro. Como não existe nenhum método que apresente um acerto de 100% nessas operações, é preciso trabalhar com o conceito de stop e o conceito de controle de risco. A idéia é limitar o prejuízo quando as coisas não derem certo e deixar o lucro crescer quando o mercado produzir o movimento esperado. No somatório das operações, o bom trader acaba produzindo um resultado positivo. Antes de se aventurar no mercado, é preciso escolher um objetivo, respeitando a sua limitação de conhecimento, de tempo e de capital. Se você está dando os primeiros passos, siga uma estratégia mais simples. Se você já opera algum tempo e decidiu seguir o caminho dos trades, organize as suas operações e trace uma meta de rentabilidade. O mercado pode ser muito divertido para quem opera sem objetivo e sem regras, mas nesse caso ele não será nem um pouco lucrativo.

Lojas Renner (LREN3) continuam sangrando

Hoje as Lojas Renner anunciaram um crescimento de 22% de sua receita líquida durante o ano de 2007. Comparando apenas o 4T07 com o 4T06, o crescimento foi de 18,7%. Sua margem de lucro bruta foi de 46%. Nada mau né? Mas parece que o mercado não gostou muito destes números, uma vez que o papel continua sangrando na BOVESPA e apresentou hoje a maior queda entre os papéis que compõem o IBOV. Seu valor de fechamento foi 32,48. Durante o pregão o papel atingiu uma cotação mínima de 31,80. Muito próximo do fundo formado em 12/09, em 31,75, destacado pela linha horizontal azul. Caso perca este patamar, o papel poderá buscar um suporte em 26,29, onde passa a linha a linha vermelha. Antes, porém, é importante considerar os 30,00 como uma barreira psicológica importante par o papel. Outros indicadores mostram que ainda há espaço para novas quedas para o papel. O IFR de nove dias está em 29,76. Apesar do nível já estar muito baixo, recentemente este indicador formou fundos em 24,18 (em 17/12) e em 20,99 (em 16/08). O Estocástico está em 27,69, o que também dá espaço para níveis ainda menores, como os atingidos em 13/12 (9,23) e 26/11 (4,68). Sua média de 4 dias, em 34,36, acabou de cruzar para baixo uma média mais longa, de 9 dias, em 34,64. Este cruzamento também não trás bons prognósticos para o papel. A faixa inferior das bandas de bollinger passa atualmente em 29,48. Ainda bem que aproveitei o pequeno repique do fim de ano para corrigir o erro que eu havia cometido. Apesar de tudo isto, nada impede que boas notícias no cenário internacional mudem um pouco o rumo das coisas e permita pelo menos um repique para o papel.

Setor Bancário - Projeções da Ágora

Ontem comentei que o setor bancário foi muito penalizado neste início de ano.

Hoje a Mara Luquet colocou em seu blog na CBN uma projeção da Ágora para alguns ativos do setor.

Vale a pena conferir. Alguns papéis possuem potencial de valorização acima de 30%.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Papéis penalizados neste início de ano

O leitor Fábio pediu e nós fizemos um levantamento dos papéis mais penalizados recentemente e que possuem bons fundamentos para suportar este período de turbulência.

Cremos que o primeiro conjunto de empresas que devem ser consideradas no quesito "bons fundamentos" são aquelas que já possuem o grau de investimento concedido pelas agências internacionais de risco. Apesar do Brasil ainda não ter atingido este patamar, algumas empresas já alcançaram este grau, conforme matéria da Agência Estado. Algumas destas empresas possuem seus papéis cotados na BOVESPA:

AMBEV (AMBV4) Aracruz Celulose (ARCZ6) Banco do Brasil (BBAS3) Banco Itaú (ITAU4) Bradesco (BBDC4) CSN (CSNA3) Embraer (EMBR3) Embratel (EBTP4) Gerdau (GGBR4 e GOAU4) Petrobrás (PETR4) Telemar (TNLP3, TNLP4 e TMAR5) Unibanco (UBBR11) Usiminas (USIM5) Vale (VALE5) Votorantim Papel e Celulose (VCPA4)

Além destas empresas, a última edição da revista Exame traz uma reportagem sobre a Marcopolo (POMO4), destacando suas qualidades e informando que a empresa está próxima de alcançar o grau de investimento.

Deste seleto grupo, segue a relação dos papéis mais penalizados com seu respectivo P/LPA:

Papel06/1204/01DifP/LPA
UBBR1127,3722,69-17,09%9,93
BBDC459,5751,30-13,88%13,79
ITAU449,8643,00-13,75%13,75
VCPA459,1851,26-13,38%13,00
USIM589,4478,50-12,23%8,96

Para não ficarmos restritos a este seleto grupo, tentamos identificar outros papéis com bons potenciais de ganhos utilizando os seguintes critérios:

  1. Encontramos, com ajuda do Stock Search do Infomoney, os papéis com menor P/LPA (Preço / Lucro por Ação).
  2. Verificamos se esta ação teve perdas expressivas entre 06/12 e o último pregão, em 04/01.
  3. Filtramos os papéis para recuperar apenas aqueles que possuem boas indicações no MCI do Infomoney.

Vamos aos resultados:

Papel06/1204/01DifP/LPAMCI
CMIG439,4132,20-18,29%7,554,42
PSSA369,4960,99-12,23%8,884,69
ITSA413,1711,10-15,71%9,304,53
BRAP451,4044,20-14,00%14,674,00

O que nos chamou muita atenção foram as perdas do setor bancário nos primeiros pregões do ano, graças às medidas anunciadas pelo governo para compensar a perda da CPMF.

Mas alguém acredita que os bancos irão arcar com estes custos? O mais provável é que estes custos sejam repassados para que nós, meros mortais, possamos pagar esta fatura. E seus lucros permanecerão intactos.

E para finalizar, segue o link para uma matéria muito interessante do Portal EXAME, onde a Moody's lista as empresas brasileiras mais sensíveis à crise dos EUA.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Positivo Informática (POSI3) - Mais uma notícia negativa para a empresa

Nesta semana saiu mais uma notícia negativa para as ações da Positivo, líder nacional na venda de computadores. A Secretaria Estadual de Fazenda de São Paulo decidiu remover os benefícios fiscais que concedia à empresa, elevando a alíquota de ICMS de 7% para 18%.

Com esta decisão, as ações da companhia caíram de 43,00 no último pregão do ano para 39,10, no fechamento de hoje. Isto representa uma queda de 9% em apenas dois pregões.

No fim de Setembro, o STF já havia suspendido os benefícios que a empresa possuía no estado do Paraná. Nesta época, as ações da companhia caíram de 49,50 (sua máxima histórica) para 40,15, representando uma perda de mais de 18%.

Apesar destas más notícias, a empresa divulgou importantes comunicados neste período, como o lançamento de conversores para a TV Digital, uma parceria com a Vivo para aquisição de serviços de Internet em Banda Larga e a possível aquisição da Gradiente.

Todas estas informações geram grande impacto sobre os papéis da empresa, desta forma, uma análise estritamente técnica não é a melhor opção para o papel.

De toda forma, o mesmo cruzou para baixo sua média móvel de longo prazo (200 dias), representada pela linha roxa. Além disto, o papel está perigosamente perto do fundo formado em 02/10, em 38,29. Este fundo está representado pela linha horizontal azul e foi estabelecido logo após o fim dos benefícios no Paraná.

Caso perca este fundo, a mínima estabelecida em 16/08 pode representar o próximo suporte do papel, conforme a linha horizontal preta que passa em 36,30.

É importante ressaltar que alguns indicadores técnicos já sinalizam que a baixa do papel pode estar próxima do fim, como o IFR de 9 dias em 19,60 e o estocástico no patamar de 8,54.

Os sinais de reversão do papel são:

  • Recuperar o nível de sua média móvel de 200 dias (linha roxa), atualmente em 40,06;
  • Cruzar para cima sua média móvel de 4 dias (linha verde), atualmente em 41,47;

Esta recuperação enfrentará resistência na linha de tendência de baixa, representada pela linha vermelha e atualmente em 44,40.

E desta vez eu juro que não vou repetir os mesmos erros que cometi com LREN3.