segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Crônica de uma operação mal planejada

2007 foi um ano formidável. Participei de 4 IPO's bem sucedidos (LOGN3, RDCD3, BOVH3 e BMEF3), tive várias outras operações muito bem feitas, daquelas de dar orgulho a qualquer um. Então, para fechar o ano com chave de ouro, nada melhor que... ... ahn, bem, na verdade, acabei fechando o ano com uma daquelas boas lições. As Lojas Renner anunciaram que as vendas de fim de ano estavam abaixo do que eles haviam imaginado. Com isto, seus papéis na bolsa de valores, LREN3, despencaram mais de 20%. Na sexta feira, 07/12, o papel havia fechado em 45,50. Na terça-feira, 11/12, fiz uma análise do papel aqui mesmo no blog e vi que apesar dos dois dias de forte queda, o papel ainda se encontrava em uma tendência primária de alta, cotado a 40,50. Nesta análise, identifiquei que a tendência de alta tinha um suporte em 37,70. No dia seguinte, não é que o papel foi buscar seu suporte? No início da tarde o papel chegou a incríveis 37,31 e depois reagiu, mantendo-se acima dos 37,70. Foi neste momento que eu cometi meu primeiro erro. Pensei: "já que o papel caiu, mas depois recuperou sua tendência de alta, ACHO que daqui não cai mais". E fui às compras. Neste dia o papel fechou em 37,80. Abaixo do meu valor de compra, mas acima do suporte. Esperei pacientemente até o dia seguinte para poder cometer meu segundo erro: ao invés de colocar uma ordem de stop, fiquei só torcendo para subir. Confesso que por um instante até pensei aquela célebre frase tão utilizada por aqueles que estão em uma barca furada: "Agora vai!". E ela foi. Foi até uma mínima de 36,10 e eu permanecendo inerte, sem tomar nenhuma decisão, simplesmente torcendo. Até que o saldo do dia nem foi tão ruim assim, já que o papel conseguiu subir novamente e fechar ainda próximo de seu suporte, cotado em 37,75. Na manhã seguinte, o papel abriu cotado a 38,40. "É agora!!", "Quem não entrou, não entra mais!!". Depois do sentimento de culpa do dia anterior, nada como começar o dia com uma falsa ilusão sem a proteção do bendito stop. O fechamento do dia? 37,20. Já mais distante do suporte, mas acima dos meus 3% de tolerância de perdas. Mais um dia e agora estamos em 17/12. Aqui eu prefiro nem comentar muito. O valor de fechamento contará toda a história: 34,50. E vocês acham que eu vendi? Nesta hora eu já entrei na fase em que mudamos a estratégia conforme o sabor do vento, o que podemos considerar como meu terceiro erro. Pensei: "Este papel é promissor para o longo prazo. Não vou vendê-lo agora, já que no futuro ele trará os resultados que eu espero.". Tive mais alguns dias de agonia, com o papel chegando até 32,78. Finalmente chegamos na última semana do ano. Período em que olhamos para trás e fazemos uma avaliação de tudo o que passou. Olhei para minha planilha de controle e LREN3 saltava diante dos meus olhos. Como é que 10% de prejuízo conseguem ofuscar os 50% de lucro de uma outra operação com montante semelhante? Pois resolvi antecipar as resoluções de ano novo e criei uma resolução específica para o fim de ano: Estava determinado a não comemorar o ano novo com o papel velho. Pois na sexta-feira, 28/12, finalmente tomei coragem e coloquei minha ordem de stop. O papel havia subido até 37,30, mas eu não pude acompanhar o pregão pela manhã. Quando vi depois do almoço, o dito cujo estava cotado a 36,00. Finalmente tomei a decisão que deveria ter tomado há duas semanas atrás: colocar a bendita ordem de stop. Saí da operação com um prejuízo de 6% e claro que o destino ainda me reservava uma surpresa: O papel caiu até minha ordem só para eu poder me desfazer das ações e em seguida voltou a subir. Só para me matar de raiva! Pelo menos o leilão de encerramento se encarregou de colocar o papel praticamente no meu valor de venda. Moral da História:

  1. Respeite sempre sua estratégia de investimento. Eu gosto de operar no curto prazo e com uma baixa tolerância a perdas (entre 2 e 3%), portanto deveria ter vendido o papel assim que este limite foi atingido. Desta forma, eu poderia ter comprado novamente o papel em um nível muito inferior ao meu valor de venda. Se você opera num prazo mais longo, respeite sua estratégia. Seu caso seria diferente do meu: segure o papel, mesmo com estas quedas momentâneas. Seu horizonte é longo, não são duas semanas de quedas que deverão fazer você mudar a estratégia.
  2. Para quem opera no curto prazo: ordens de stop são uma maravilha. Utilize sem moderação. Elas podem trazer momentos de raiva, como o que aconteceu comigo na sexta-feira. Mas na maioria das vezes elas são uma beleza!
  3. Aguarde os sinais claros de sua estratégia para realizar uma operação. Para quem opera em curto prazo, aguarde uma reversão nos candlesticks. Para quem opera em longo prazo, aguarde sinais positivos nos balanços trimestrais. Se você utiliza outros indicadores, aguarde até que eles indiquem o melhor momento para a operação.
  4. Torcer não vai alterar a tendência de um papel. Não adianta passar o dia inteiro entoando mantras com as frases "agora vai", "é agora", "quem não entrou, não entra mais", "vai disparar".
  5. Mudanças de estratégias são possíveis, mas desde que devidamente planejadas. Não é uma operação bem ou mal sucedida que deverá mudar sua estratégia. Muito menos se ela ainda estiver no meio do caminho.

Finalmente, um ótimo 2008 a todos!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Curso em Vitória - Como Investir no Mercado de Ações

O SENAC oferecerá o curso "Como Investir no Mercado de Ações", em sua unidade de Vitória nos dias 07 a 11 de Janeiro. O curso será oferecido no horário das 19:00 às 22:00, o que permite a todos nós, árduos trabalhadores, participar deste evento. A carga horária é de 15 horas e o conteúdo será:

  • BOVESPA e órgãos de regulamentação;
  • O que é Home Broker?
  • Vale a pena investir em ações?
  • Questões operacionais;
  • Análise Técnica e Análise Fundamentalista;
  • Gráficos e seus Padrões;
  • Teoria de Dow;
  • Indicadores e Ferramentas.

Trata-se de um conteúdo para quem conhece pouco ou nada sobre operação em bolsa de valores, sendo, portanto, uma ótima forma para começar a se informar a respeito.

O custo será de R$ 280,00. O site não indica se o valor poderá ser parcelado.

Lá também não fala quem será o responsável por ministrar as aulas, mas os cursos do SENAC costumam ser de excelente qualidade.

Para maiores informações:

Antes que perguntem, eu não tenho nenhuma ligação com o curso e nem receberei nenhuma comissão pela indicação. Como um dos objetivos do blog é servir aos investidores capixabas, nada mais justo do que passar estas informações sobre cursos na nossa região.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

ETER3 (Eternit) - Liminar derruba lei que proíbe amianto em SP

Desde que lei estadual proibindo o uso de amianto no estado de São Paulo, as ações da Eternit entraram em uma tendência de baixa, atingindo a cotação mínima em 6,28 no dia 30/11.

Entretanto, na última sexta-feira o STF concedeu liminar suspendendo a lei 12.684/2007. Neste mesmo dia, as ações apresentaram alta de 6,32%, fechando com a cotação de 7,23.

A partir desta boa novidade para a empresa, quais podem ser os objetivos deste papel?

Seu objetivo mais imediato deverá ser a média móvel de 50 dias, que passa atualmente no valor de 7,78, representado pela linha laranja.

Caso alcance este patamar, o próximo estágio será buscar o topo formado na última tendência de alta do papel, formado em 8,31, no dia 06/12.

A resistência definida na linha roxa, atualmente em 8,53 precisará ser vencida para que finalmente o papel vá buscar sua maior cotação histórica, obtida em 24/07, poucos dias antes da referida lei. Neste dia, o papel chegou a ser cotado em 11,52.

Apesar das boas perspectivas com a liminar concedida pelo STF, é importante lembrar que o papel deve se manter acima do suporte definido pela linha azul, que passa atualmente em 6,83.

No caso de perder este patamar, o papel poderá encontrar objetivos em:

  • 6,28 - na cotação mínima de 30/11;
  • 5,95 - na cotação mínima de 05/03.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

VixTraders - 1000 acessos

Hoje é um dia muito especial para nosso blog. Em pouco mais de um mês de existência ultrapassamos a marca de 1.000 acessos, o que certamente superou todas as nossas expectativas!

Agradecemos a todas as pessoas que colaboraram neste curto, mas recompensador, período fazendo críticas, sugestões e pedindo análises.

Para compartilhar um pouco desta história, vejam algumas estatísticas que o Google Analytics oferece:

  • 1014 visitas
  • 1744 exibições de páginas
  • 295 pessoas que retornaram ao blog depois do primeiro acesso
Origem dos acessos:
FonteQtde Acessos
Google431
Orkut221
Acessos Diretos164
ADVFN128
Outros70

Os papéis mais procurados através do google foram:

PapelNomeQtde Pesquisas
BBAS3Banco do Brasil105
TEMP3Tempo Participações82
ECOD3Brasil Ecodiesel36
LREN3Lojas Renner31
BTOW3B2W Varejo23

As cidades com maior número de acesso ao blog foram:

CidadeQtde Acessos
São Paulo172
Vitória156
Rio de Janeiro142
Belo Horizonte47
Porto Alegre36

De acordo com o FeedBurner, nosso RSS possui atualmente 21 pessoas inscritas e mais 6 pessoas que recebem o conteúdo do blog por e-mail.

A todos leitores e amigos, um feliz natal e até amanhã!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Artigo do Infomoney - Dicas de Joe Ross

Segue artigo muito interessante publicado recentemente no Infomoney com foco no horizonte de investimentos. O artigo nos mostra que não existe uma regra única para os prazos das operações que realizamos. Cada um deve definir aquilo que se sente mais confortável.

Para quem não tem paciência ou disponibilidade de verificar o andamento do pregão algumas vezes por dia, o mais recomendado é um horizonte mais longo, visando meses ou até mesmo anos com o papel.

Eu prefiro operações mais curtas, com poucos dias e no máximo algumas poucas semanas com um papel. Tenho disponibilidade de verificar o andamento do pregão três ou quatro vezes durante o dia e gosto disto.

Procuro resolver minha situação com um papel em pouco tempo. Sei que desta forma nunca terei operações como muitos gostam de se orgulhar, com 20, 50, 100% de lucro, mas me satisfaço com um pequeno percentual em poucos dias e já partir para a próxima operação. Isto também evita que eu tenha grandes prejuízos, caso eu seja disciplinado o suficiente para admitir que errei e assuma logo o prejuízo com um stop bem curto. Esta disciplina será discutida mais detalhadamente em outro post.

Apesar de preferir as operações curtas, não chego ao ponto de realizar daytrades, como o seminarista citado no artigo. Não tenho tempo suficiente para me dedicar a isto, nem muito menos estômago para tal.

Por enquanto, vamos ao artigo.

Day trade: dicas de Joe Ross para os que buscam operações de sucesso Por: Fernanda Senra

A despeito de todas as incertezas e turbulências que têm rondado os mercados nos últimos meses, o desempenho da renda variável ainda atrai muitos novatos para a Bolsa de Valores. Quem ainda está no começo se depara com um mundo de informações, dúvidas e tudo o mais que esteja envolvido em suas decisões de investimento.

Muitas vezes, mesmo aqueles que já ostentam alguma experiência no mercado de ações ainda não estão plenamente à vontade com a dinâmica deste e de outros mercados. Entre definir a melhor corretora, o melhor papel, o melhor montante a ser investido e outros aspectos, o investidor passa pela escolha do horizonte de tempo do investimento.

Curto ou longo prazo? Um mês ou um ano? Uma semana ou um dia? Dez ou um minuto? Enfim, de uma forma geral, a recomendação para quem ainda não está acostumado com os rompantes dos mercados é por uma posição de prazo mais longo, estratégia que mitiga os riscos associados à volatilidade de curto prazo.

Uma questão de personalidade Mas, não raro, a impaciência submete a lógica dos argumentos a favor da temperança e o investidor se prende aos movimentos de curto prazo mesmo sem estar preparado para tal. Entretanto, embora muitas vezes alguns vejam o investimento de curto prazo com certa aversão, na verdade, assim como qualquer alternativa, o day trading tem suas vantagens e desvantagens.

Todavia, mais do que uma balança, sua adequação - ou não - depende mais de quanto o investidor se sente confortável com aquele horizonte de tempo. As palavras são de Joe Ross, um dos investidores mais famosos do globo, que é um "day trader porque isso se adapta à sua personalidade".

Por um lado, a principal vantagem do day trade é, de acordo com Ross, psicológica, já que um day trader não precisa se preocupar com o que está acontecendo no mercado enquanto ele está dormindo. Mas, por outro, a principal desvantagem é que o curto horizonte de tempo faz com que o day trader "deixe na mesa" ganhos que serão absorvidos pelos investidores de longo prazo.

A ambição também é humana Entretanto, segundo Ross, muitos investidores iniciantes são atraídos pelo day trading porque este tipo de operação está em linha com o desejo humano de ficar rico rapidamente. Ou seja, com o day trading não é preciso esperar muito tempo para obter lucros, muito embora seja a maneira mais difícil para alguém começar.

Mas, o fato de o day trading ser rápido, nem sempre constitui uma vantagem, já que alguns investidores precisam de tempo para pensar e planejar. Por isso, quem quer ser um day trader precisa ser rápido para pegar os lucros ou então para reconhecer que um trade não está dando certo e encerrar a posição. O problema é que, segundo Ross, a grande dificuldade reside no fato de que este tipo de ação vai contra a natureza humana.

De acordo com o investidor, em geral, o comportamento das pessoas é justamente o oposto: elas demoram a realizar lucros por conta da ambição, demoram a reconhecer o perigo por causa da esperança e demoram a desmontar uma posição que não deu certo por conta do orgulho.

E mudar isso é possível? Segundo Ross, sim. Mas leva tempo, em média, de três a cinco anos para um trader adquirir experiência suficiente para ser bem sucedido. De fato, de acordo com Ross, é como qualquer profissão, requer alguma maturidade.

Com moderação Em todo caso, para aqueles que se sentem prontos para começar com os day trades, Ross tem alguns comentários interessantes: em primeiro lugar, certifique-se de que está confortável com o horizonte de tempo. Feito isso, evite exagerar, que é uma tendência de quem está começando.

De acordo com o trader, freqüentemente quem está começando cede à tentação de operar demais. Por sua vez, Ross nunca opera mais que uma hora e meia por dia e, na maioria dos casos, suas operações estão completas em cinco minutos.

Lei dos Gráficos Tendo estes aspectos em vista é possível imaginar o que um day trade de sucesso exige do investidor. Neste sentido, Ross usa a Lei dos Gráficos, que descreve as ações e reações humanas no ambiente de mercado e define de que forma os ativos são precificados, para facilitar suas ações.

Na verdade, segundo Ross, a lei em si precisa ser acompanhada da implementação de técnicas, isto é, não basta conhecê-la, é preciso saber como usá-la. Como exemplo, Ross cita a Traders Trick, que é uma implementação da Lei dos Gráficos. Enfim, preparar-se é preciso e, para tanto, não faltam opções.

Joe Ross se apresentará no Brasil em março Nos dias 23 e 24 de março de 2008, Ross oferecerá o Seminário "Day Trading", com operações ao vivo, em São Paulo.

Mais informações em: www.tradingeducators.com.br e pelo Telefone (11) 3812 -2747. Aproveite e faça a sua inscrição com Desconto Especial ate 15 de dezembro.

BISA3 (Brascan) - Testou o piso histórico e reagiu

Na última terça feira, o papel testou seu menor patamar histórico, em 9,90. Este valor encontra-se muito próximo do limite inferior das bandas de bollinger, cujo valor estava em 9,70.

No dia seguinte, o papel apresentou uma recuperação, respeitando este importante suporte. Hoje o papel apresentou nova alta, o suficiente para cruzar para cima a média móvel de 4 dias.

Para uma compra mais segura, é importante que o papel mantenha-se acima desta média e venha a superar também a média de 9 dias, situada atualmente em 10,77. O cruzamento do MACD com sua linha de sinal também pode garantir mais segurança na reversão do papel.

No caso desta alta, o objetivo estará situado na resistência da linha de tendência de baixa, representada pela linha vermelha, cujo valor atual é 12,48. Este valor também é o limite superior das bandas de bollinger.

No caso de perda do nível de 9,90, o papel poderá experimentar uma queda até a casa dos 7,00, numa projeção de sua última seqüência de quedas.

No último dia 11, a empresa fechou um acordo para a compra de cinco shopping centers do Grupo Malzoni.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Maiores quedas e maiores altas desde o último recorde

Após estabelecer um novo recorde no dia 06/12/2007 a BOVESPA reverteu a tendência e recuou de 65.790 pontos para 59.828 no fechamento de ontem.

Confiram aqui quais foram as ações que compõem o IBrX-100 que mais sofreram perdas desde o novo recorde estabelecido na bolsa:

Papel - Cot. 06/12 - Cot. 18/12 - Variação Negativa BISA3 - 12,30 - 9,89 - -19,59% LREN3 - 44,60 - 35,90 - -19,50% NETC4 - 24,58 - 20,41 - -16,96% ECOD3 - 7,70 - 6,40 - -16,88% TAMM4 - 49,10 - 41,71 - -15,05% BTOW3 - 83,60 - 71,30 - -14,71% LAME4 - 18,37 - 15,75 - -14,26% KSSA3 - 14,80 - 12,70 - -14,18% CMIG4 - 39,41 - 33,86 - -14,08% USIM5 - 90,54 - 78,40 - -13,84%

E aqui, aquelas ações que passaram ilesas neste período e hoje apresentam cotação superior àquela data:

Papel - Cot. 06/12 - Cot. 18/12 - Variação Positiva MEDI3 - 21,18 - 22,82 - +7,74% STBR11 - 21,75 - 23,40 - +7,58% VGOR4 - 2,72 - 2,85 - +4,77% PCAR4 - 31,40 - 32,78 - +4,39% GUAR3 - 62,80 - 64,90 - +3,34% TMAR5 - 64,03 - 65,28 - +1,95% MYPK4 - 36,20 - 36,70 - +1,38% TNLP3 - 57,95 - 58,50 - +0,94%

Ao que tudo indica, os próximos dias continuarão bem instáveis, até que as coisas se arrumem lá fora e o governo indique logo quais serão as medidas para compensar a perda da CPMF. As consequências da indefinição já estão aparecendo, como o Morgan Stanley rebaixando a indicação para os papéis brasileiros.

Uma boa resposta à esta perda de receita, incluindo aí uma revisão dos gastos públicos poderia nos ajudar a receber o grau de investimento, graças à perspectiva de redução da dívida pública.

Indiferença da Chevrolet em relação aos clientes

Peço licença aos leitores para fazer um post que não tem nenhuma relação direta com o mercado de ações. Trata-se apenas de uma crítica aos serviços oferecidos pela Chevrolet.


Quem ainda se lembra da crítica que fiz ao excesso de burocracia no setor de Telecom?

No mesmo post elogiei bastante o setor automobilístico, já que fiz a aquisição de um veículo em menos tempo do que a aquisição de um smartphone.

Infelizmente, elogiei cedo demais. A novela da compra do carro só terminou ontem, exatamente dois meses depois.

Na manhã do dia 13 de Outubro de 2007, resolvi fazer um tour pelas concessionárias da cidade para conhecer algumas opções de Sedans pequenos. Fui até a Concessionária Nova Vitória, que vende veículos Chevrolet, conhecer suas opções. O carro que mais me chamou atenção foi um Corsa Sedan. (Sim, ele foi o carro que mais me encantou, já que não quis sequer chegar perto de Astras, Merivas, Vectras, Zarifas e muito menos Ômegas.) Conversei bastante com o vendedor, que foi muito atencioso, discuti sobre condições para a compra do veículo, sanei diversas dúvidas, fiz a avaliação do meu carro e saí de lá bem satisfeito. As condições cabiam no meu bolso.

Após alguns dias de negociação pelo telefone, fui à concessionária no dia 17 de Outubro para fechar o negócio. A promessa: Na previsão mais otimista, em duas semanas o carro chegaria. Na mais pessimista, seriam quatro semanas até a chegada do veículo.

Após um mês de uma ansiedade contida, resolvi ligar para a concessionária na tarde do dia 17 de Novembro. Fui informado pelo vendedor que a GM atrasou a produção do veículo e que eles ainda não tinham uma previsão de entrega, mas em breve eles entrariam em contato. Como sempre, foram bem atenciosos, explicaram como funciona o processo da produção até a chegada do carro na concessionária e justificaram o atraso com o aumento da demanda no fim de ano.

Claro que fiquei um tanto insatisfeito, mas pensei bem: a concessionária também não tinha muito que fazer, então não adiantaria espernear com eles. Neste momento, tive a brilhante idéia de reclamar junto à Chevrolet do atraso na entrega do tão esperado veículo.

Eis que tenho a grande surpresa, que fez azedar toda a relação de confiança estabelecida até então:

(com forte sotaque do interiorrrr de São Paulo) "Senhor, o prazo para entrega dos carros da família Corsa é de 60 a 80 dias."
(com espanto) "Como assim? A concessionária afirmou que na pior das hipóteses o carro seria entregue com 4 semanas."
(com indiferença) "O senhor deve procurar a concessionária e protocolar uma reclamação junto a eles."

Depois disto, voltei a falar com a concessionária e iniciamos então um péssimo jogo de empurra-empurra. A concessionária afirmava que a responsabilidade era da fábrica e a fábrica informava que a concessionária sabia que os prazos não poderiam ser cumpridos. Nesta brincadeira, vocês já imaginam quem foi o único prejudicado nesta história, né? Eu.

Um novo prazo foi estabelecido para a entrega: 03 de Dezembro - Um atraso de 16 dias em relação ao pior dos prazos que eles haviam pedido, ou seja, extrapolaram o prazo em 50% da previsão original.

Na condição de único prejudicado até o momento (dia 20 de Novembro), tentei impor algumas condições à concessionária:

1. Se um carro surgisse até o sábado, dia 24 de Novembro, manteríamos as condições originais da negociação. Se eles encontrariam o carro em outra concessionária, se ele brotaria do chão ou depois de muito esfregar um Celta em um Vectra, não faria a menor diferença para mim. Só queria o carro ainda naquela semana;

2. Eu passaria a financiar o carro junto ao Banco GM em 36 meses. Entretanto, eu poderia realizar o pagamento em até 54 meses sem a cobrança de nenhuma penalidade (multa ou juros). Bastaria simplesmente eu pedir desculpas, já que este era o tratamento dispensado a mim;

3. Um bom desconto no preço final do veículo, que teria como adicionais um banco de couro e a proteção de pintura. (Esta era a opção correta a ser escolhida);

4. Cancelar a compra do veículo.


Num primeiro momento, o vendedor escolheu a opção 4. Depois apelei para o Gerente de Vendas e ele escolheu a opção 3.

Voltei a ligar para a Chevrolet para tentar protocolar uma reclamação contra a concessionária, já que a própria Chevrolet coloca este atravessador para que eu possa fazer a compra. Eles simplesmente não aceitam reclamações contra as concessionárias da marca. Eu deveria protocolar a reclamação na própria concessionária. Ou seja, eles não se importam com a qualidade das empresas que a representam junto ao público em geral.
Já que ninguém no serviço 0800 da GM poderia protocolar minha reclamação, tentei me comunicar através do site. Recebi um email informando que em 48 horas a empresa entraria em contato comigo. Mas por uma grande ironia do destino, a resposta sobre o atraso na entrega do produto que eu comprei atrasou! Ou melhor, não chegou. Eu tive que ligar 96 horas depois para solicitar uma resposta ao meu protocolo. A informação que obtive foi que eles tentaram falar no meu celular no dia anterior, às 09:13.
Aleguei que o telefone estava desocupado no momento e que, de toda forma, eu pago um serviço junto à operadora para me informar quais são as ligações feitas para meu número mesmo quando o mesmo está ocupado ou desligado e não havia nenhum registro de ligação da GM.
Questionei se eles não tentariam fazer novo contato e a resposta foi negativa. Parti então para protocolar uma reclamação contra o péssimo atendimento do 0800. Eles aceitaram o protocolo, mas falaram que não existe nenhum retorno aos usuários sobre este tipo de reclamação.
(mais uma vez o sotaque carregado) "Senhor, este tipo de reclamação apenas será encaminhado ao setor de qualidade, mas o senhor não receberá nenhum retorno deste protocolo."
(com revolta) "Será encaminhado para o setor de qualidade ou para a pasta denominada 'Lixeira'?"
(mais indiferença) "Mais alguma coisa senhor?"
(respirando fundo antes de responder) "Não, obrigado."
(possivelmente com ironia contida) "A General Motors agradece sua ligação."


Alguns dias depois...


Chegamos ao tal dia 03 de Dezembro. Descobri que o carro ainda não havia sido faturado. Recebo nova promessa: dias 12 ou 13 de Dezembro. Desta vez sem erro.

O carro chegou à concessionária no dia 12. Fui até lá para conversar com o Gerente de Vendas, já que até o momento ninguém havia me passado qual seria o desconto dado. Descubro que o grande desconto seria de R$ 300,00. Isto mesmo, R$ 300,00 em um carro que, com todos os serviços contratados, custou R$ 43.950,00. Menos de 1% de desconto por toda esta dor de cabeça.

Frouxo que sou, acabei aceitando. É verdade que o fato da avaliação do meu carro anterior ter sido quase 20% superior à de outras concessionárias pesou para o não cancelamento da compra.

Depois de tudo acertado, eles pediram alguns dias para preparar o carro. Colocar os bancos de couro, fazer a proteção de pintura, aplicar a película nos vidros e instalar o som.

Ontem a novela terminou. Consegui pegar o carro exatamente 2 meses após o início do parto.


Para quem teve paciência de chegar até aqui, as conclusões que tiro são que...

... devo retirar o elogio do post anterior à indústria automobilística;
... nunca vou saber quem tinha razão na briga entre Concessionária e Fábrica;
... por toda a atenção dada pela Concessionária Nova Vitória e pelo desprezo como fui tratado no "Serviço de Atendimento ao Consumidor" da GM, acredito que o problema tenha sido na GM.
... apesar de toda a dor de cabeça, ainda acho os produtos e serviços da indústria automobilística melhores que os de telecom, uma vez que existe outra novela sobre isso, com 2 protocolos na Anatel. Mas esta história fica para depois.

IPO da Tempo Participações (TEMP3) - Precificação

De acordo com notícia do Infomoney, as ações da Tempo Participações foram precificadas abaixo do intervalo esperado, em R$ 7,00.

Recentemente, isto aconteceu com o Banco Panamericano e com a LAEP Investiments (Parmalat).

No caso do Panamericano, as ações passaram a maior parte do dia em alta, mas fecharam estáveis.

Já a LAEP abriu em baixa, passou para o campo positivo e fechou com ligeira alta.

Portanto, esta precificação baixa não diz muita coisa a respeito do seu comportamento no pregão inicial.

Boa sorte aos comprados!

Artigo do Infomoney - Quando o mar não está para peixe

Sei que depois de um dia de forte baixa era de se esperar que fosse feita uma análise interessante de algum papel ou a identificação dos ativos mais penalizados nos últimos dias, mas devido a alguns fatores pessoais, que explicarei mais tarde.

Apesar disto, selecionei um texto publicado ontem no Infomoney por Catarina Pedrosa, chefe do departamento de análise para a América Latina do Grupo Banif, ressaltando a importância de uma boa análise fundamentalista antes de investir em uma ação.

Acredito que a Análise Fundamentalista deve sempre ser levada em consideração. Seu grau de relevância dependerá do estilo de investimento de cada um. Para aqueles que visam o longo prazo, seu peso deve ser maior do que a importância dada à análise técnica.
Aqueles que preferem operar no curto prazo podem dar maior importância à análise técnica do que à fundamentalista, mas não devem confiar cegamente à leitura dos gráficos. Eu não me arrisco a investir em papéis como Telebrás, Kepler Weber e tantos outros que apresentam variações de 100 ou 200% em um único dia, mas não possuem absolutamente nada de concreto em seus balanços que possam dar suporte a qualquer valorização.

Sem mais delongas, vamos ao artigo.

Fonte: http://web.infomoney.com.br/templates/news/view_rss.asp?codigo=881022&path=/investimentos/


Quando o mar não está para peixe

A paz nos mercados é o melhor momento para se fazer uma boa projeção. As premissas estão muito claras. O tamanho do crescimento econômico não é difícil de se prever. Isso leva a uma boa visibilidade em relação às possíveis vendas, custos, financiamentos e as outras tantas variáveis que afetam a projeção de resultados futuros de um ativo. Porém, o mar não é sempre de rosas. As ondas vem às vezes apenas como marola, mas muitas vezes de tamanho expressivo, afogando tudo e todos a sua frente.

Nesses momentos parece que os investidores esquecem o uso da análise fundamentalista. Pode até não ser o melhor mecanismo para se decidir a compra ou a venda de um determinado ativo no curtíssimo prazo, mas com certeza é a melhor maneira de se avaliar quais ativos terão a melhor performance no longo prazo.

A volatilidade dos mercados demonstra, normalmente, a falta de previsibilidade em relação ao futuro. Mostra a falta de consenso que eventos ocorridos no presente terão sobre o futuro. Portanto uma boa análise dos cenários e de seus efeitos poderá detectar grandes oportunidades de investimento.

O difícil é manter a calma quando o navio está afundando. Com o mercado mergulhando é muito difícil se justificar uma compra. Essa é uma das maiores "inverdades" que existem. Nem tudo cai, como nem tudo sobe, por tempo indeterminado. Mesmo quando todos os preços estão caindo tem aquele investimento que irá se recuperar de maneira mais rápida que seus comparáveis, pois seus fundamentos são melhores.

Em tempos de céu de brigadeiro, sempre tem aquele ativo que vai subir menos que os outros, pois seus fundamentos indicam que não é um ativo com perspectivas tão boas quanto às dos seus pares ou que seus preços já refletem as expectativas para seu futuro. E é por isso que uma boa análise é fundamental. Ações de empresas que têm sólida administração e boa saúde financeira tendem a se recuperar de maneira mais rápida. Mas isso por si só não resulta em uma indicação de compra. É importante detectar se o preço do ativo reflete esta característica.

A análise dos múltiplos e, mais importante, a comparação dos múltiplos aos dos pares indica normalmente se um ativo está em ponto de compra ou de venda. Mas a análise isolada deste indicador não é suficiente para garantir uma boa compra ou venda. É necessário se saber o motivo para o desconto ou o prêmio. Normalmente o desconto significa ponto de compra enquanto o prêmio significa um ponto de venda.

Porém uma empresa com múltiplo muito baixo pode significar uma empresa que está parada no tempo, sem perspectivas de gerar resultados crescentes. Por outro lado, uma empresa em franco crescimento tem um múltiplo muito mais elevado do que seus pares, já que o seu resultado deve ter um crescimento ao longo dos anos muito maior do que seus competidores.

Portanto é importante sempre efetuar uma análise do cenário macro e micro econômicos que afetam o ativo antes de se tomar uma decisão de compra ou venda, mesmo quando as quedas generalizadas dos preços das ações mostrem que a compra de qualquer ativo resultará em ganhos. Outros métodos de análise também devem ser levados em conta, como o fluxo de caixa descontado. Mas seus prós e contras deixamos para falar em uma próxima vez.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Novos serviços do Blog

Neste fim de semana disponibilizamos novos serviços para os usuários do blog.

Agora é possível receber os posts diretamente em sua caixa postal, basta cadastrar-se na opção "Receba por email", no menu à direita.

A outra funcionalidade disponível é a pesquisa utilizando o Google. A pesquisa poderá ser feita apenas dentro do próprio blog ou em toda a base de dados do Google.

Esperamos que façam bom proveito dos novos serviços!

domingo, 16 de dezembro de 2007

RAPT4 (Random Participações) - Uma das ações mais penalizadas na semana

Este papel foi um dos mais penalizados nesta semana de perdas da BOVESPA, com a cotação saindo do patamar de 20,00 na segunda feira e fechando cotado a 17,85 na sexta feira.
Apesar da queda de mais de 10%, o papel mantém a tendência primária de alta, cuja linha de suporte passa atualmente em 17,05.
Nesta queda, o MACD cruzou para baixo sua linha de sinal, o que pode significar mais quedas. Por outro lado, os índices Estocástico e IFR (9 dias) já estão em níveis muito baixos, em 11,22 e 35,28, respectivamente. O esgotamento destes indicadores pode representar que uma reversão de tendência encontra-se próxima de acontecer, portanto é importante acompanhar de perto este papel.
A reversão de tendência poderá ganhar força com o fechamento acima de suas médias de 4 dias, que atualmente encontra-se em 18,47. Outras resistências importantes que precisam ser vencidas estão nas médias de 21 (linha laranja) e 50 períodos (linha azul), cujos valores são 18,70 e 19,02.
Caso supere estas resistências, o papel terá caminho aberto para buscar seu patamar estabelecido no início da semana, em 20,00.
No início de Dezembro, a empresa anunciou o pagamento de juros sobre capital próprio, no valor de R$ 0,15047 por ação. Nesta semana, a empresa anunciou os planos de criação de uma instituição financeira com o objetivo de incrementar os negócios das Empresas Random. O capital inicial da instituição será de R$ 25 milhões.
De acordo com o LAFIS, o P/LPA do papel é de 17,70. Este valor encontra-se pouco abaixo do índice do setor industrial, que está em 18,1 e consideravelmente abaixo do P/LPA médio do IBOVESPA, que é de 22,6. Este indicador mostra que a empresa está "barata" ao ser comparada a outros papéis do mesmo setor e aos papéis que compõem o IBOVESPA.

BTOW3 - Bom potencial de valorização

Após atingir o valor de 93,89 em 31/10/2007, estabelecendo um novo recorde de cotação, a B2W Varejo, empresa criada a partir da compra do Submarino pelas Americanas.com, iniciou um processo de queda, retornando até uma mínima de 73,00 em 27/11/2007. Na última sexta-feira o fechamento foi em 78,20.
Neste processo de recuperação, o papel atingiu a linha de 50% da sequência de fibonacci, mas não deve forças para buscar patamares mais altos e voltou a cair. Este processo poderá testar os seguintes suportes:
  1. 78,10, na linha de 23,6% da fibonacci;
  2. 75,58, na linha de suporte da tendência de alta;
  3. 73,00, na linha de 0% da fibonacci.

Se perder este patamar, a empresa pode fazer jus ao antigo nome e buscar o fundo em 59,51, estelecido em 16/08/2007 - dia em que a BOVESPA chegou a cair mais de 9%.

Para confirmar uma recuperação mais ampla, o papel deverá romper as resistências que se situam em:

  1. 80,18, na média de 21 dias;
  2. 81,30, na linha de 38,2% da fibonacci;
  3. 83,88, na linha de 50% da fibonacci.

De acordo com o MCI, elaborado pelo Infomoney, o preço-alvo médio de 12 corretoras para o papel é de 98,34 para dezembro de 2008. Considerando o valor de fechamento do último pregão, o papel possui um potencial de valorização de 25% em 12 meses.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

IPO da Tempo Participações

Ia fazer a análise com mais calma no fim de semana, mas só hoje descobri que o período de reserva se encerra hoje.

A Tempo Participações reúne empresas do segmento de saúde, com venda de planos de saúde (Gama Saúde e Connectmed-CRC), planos odontológicos (Gama Odonto) e serviços especializados (USS).

Os resultados financeiros da companhia são apresentados de forma segmentada. Os dados de 2006 foram:

Planos de Saúde
Receita Líquida = R$ 262,8 milhões
Lucro Líquido = R$ 4,0 milhões

Planos Odontológicos
Receita Líquida = R$ 20,5 milhões
Lucro Líquido = R$ 1,6 milhões

Assistência Especializada
Receita Líquida = R$ 206,8 milhões
Lucro Líquido = R$ 8,7 milhões

Totalizando, temos uma receita líquida de R$ 490,1 e um lucro líquido de R$ 14,3 milhões. Com isto, temos uma margem de 2,9%.

Comparando com alguns de seus concorrentes na Bolsa:
Medial Saúde (MEDI3) = Margem de 0,7%
OdontoPrev (ODPV3) = Margem de 9,2%

A empresa ofertará no IPO 56.250.000 ações. Dividindo o lucro pela quantidade de ações, temos um LPA de 0,1546. Considerando o centro da margem de preços (R$ 9,25), temos um P/LPA de 59,83. Se compararmos com seus concorrentes, vemos que ela está cara, uma vez que o mesmo indicador para a Medial (MEDI3) e OdontoPrev (ODPV3) valem 36,77 e 35,66.

Assim sendo, vou deixar este IPO passar em branco.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

ADVFN disponibiliza ranking de corretoras

O site ADVFN disponibilizou, ainda em caráter experimental, um serviço bem interessante que permite a nós, meros mortais, verificar o ranking das corretoras em relação à compra e venda de papéis.

O endereço para acesso é: http://br.fugu.advfn.com/p.php?pid=blanksys_resumo

Por que isto é importante?

Acreditamos ser importante acompanhar o que as grandes corretoras, principalmente aquelas ligadas aos bancos estrangeiros estão fazendo. Goste-se ou não, são eles que definem os rumos de um papel, então não gostamos de remar contra a maré.

As corretoras que costumamos acompanhar são:

9 - Deutsche Bank
13 - Merril Lynch
16 - J P Morgan
39 - Ágora
40 - Morgan Stanley
45 - Credit Suisse
46 - UBS
51 - Citibank
85 - Pactual
95 - Hedging-Griffo
173 - Geração Futuro

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

LREN3 - A análise prometida

Por incrível que pareça, esta forte queda dos últimos pregões não alterou a tendência altista do papel, representada pela linha azul. Somente uma queda abaixo de improváveis 37,70 modificariam a tendência primária de alta desta ação.

O cruzamento do MACD com sua linha de sinal de cima para baixo pode sinalizar uma reversão de tendência do papel. O IFR e o Estocástico ainda se encontram em patamares intermediários, o que pode dar margem a novas quedas.

A reação negativa dos investidores em relação ao corte da taxa de juros do FED também pode trazer uma instabilidade adicional ao papel. Desta forma, a cautela é altamente recomendada antes de realizar novos posicionamentos no papel.

Mas, sabemos que o Sr. Mercado sempre reage às notícias de forma muito ríspida. Quem garante que, amanhã ou depois, após uns momentos de reflexão o Sr. Mercado não chega à conclusão que exagerou na dose e devolve parte daquilo que ele tirou?

A linha verde indica a média móvel de 50 dias. Seu valor atual é 40,97. Negócios acima deste patamar podem indicar uma retomada da tendência de alta.

Aos mais ousados, recomendo um stop bem curto. E a todos, recomendo muita atenção ao papel, já que a devolução das perdas pode ser rápida.

LREN3 - Revisão da estimativa de crescimento e queda acentuada

Hoje as Lojas Renner enviaram uma informação relevante à BOVESPA, revisando as estimativas de crescimento para o 4T07. A justificativa para tal revisão é que os consumidores estão direcionando maior parte da renda para o financiamento de bens duráveis.

Como impacto, as ações chegaram a despencar mais de 8%, sendo cotadas a 40,51 na mínima do dia. Vale lembrar que na sexta feira a cotação do papel chegou a superar os 46,00.

Esta ação merece um pouco de atenção dos investidores mais arrojados, uma vez que toda esta reação pode conter certa dose de exagero, mas é importante manter um stop curto para evitar surpresas desagradáveis.

Segue o comunicado enviado à BOVESPA.


(11/12) LOJAS RENNER (LREN-NM) - Abertura de Lojas
DRI: Jose Carlos Hruby

A empresa enviou o seguinte comunicado:

A Lojas Renner S.A. (Bovespa: LREN3) comunica ao mercado em geral e demais interessados, que serao inauguradas, no dia 12 de dezembro, mais duas unidades da rede nas regioes Sul e Nordeste do Brasil. As lojas estao localizadas em Caxias do Sul - RS, no Prataviera Shopping e em Joao Pessoa - PB, no Manaira Shopping Center, com areas totais de 2.891 e 3.337 metros quadrados, respectivamente.

Com estas duas unidades, o plano de expansao da Lojas Renner para o ano de 2007 esta concluido, alcancando a marca de 95 lojas em operacao em todo o Pais.

A Companhia aproveita esta oportunidade para comunicar, tambem, uma revisao de suas expectativas em relacao ao quarto trimestre, com reflexos no ano de 2007, pois o cenario macroeconomico atual vem influenciando o comportamento de compra dos consumidores de vestuario, os quais, acreditamos, estao direcionando maior percentual de sua renda para o pagamento de financiamentos de bens duraveis e imoveis. Porem, apesar do desempenho apresentado nos ultimos dias de novembro e
meados de dezembro, aquem das expectativas da Companhia, a Administracao ainda espera uma reversao do cenario atual nos dias que antecedem o Natal.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Papéis acima do nível pré-subprime

Na semana anterior, publicamos os ativos que compõem o IBrX-100 que ainda não recuperaram os patamares atingidos antes da crise do subprime.

Como nesta semana a BOVESPA voltou a atingir cotações recordes, vamos publicar os papéis que conseguiram se recuperar plenamente da crise e já estabeleceram novos recordes, ou encontram-se perto de atingir tal feito.

Para efeitos de comparação, vamos exibir também a maior cotação até o mês de Julho, quando estourou a crise.

Papel - Ultima Cotação - Maior Cotação Até Julho - Diferença (%) CSNA3 - 143,00 - 109,20 - 30,95% VALE5 - 53,81 - 41,43 - 29,88% CRUZ3 - 52,50 - 41,51 - 26,48% MYPK4 - 38,27 - 31,90 - 19,97% VCPA4 - 59,40 - 51,01 - 16,45% USIM5 - 89,70 - 77,70 - 15,44% UBBR11 - 27,70 - 24,15 - 14,70% BBDC4 - 61,00 - 53,47 - 14,08% LREN3 - 45,50 - 40,17 - 13,27% TRPL4 - 40,90 - 36,67 - 11,54% SUZB5 - 30,20 - 27,71 - 8,99% ITAU4 - 50,39 - 46,78 - 7,72% RAPT4 - 19,90 - 18,89 - 5,35% POSI3 - 47,99 - 45,60 - 5,24% ARCZ6 - 13,78 - 13,17 - 4,63%

ECOD3 - Retomando a análise anterior

Lembram-se da análise de ECOD3 feita aqui no blog no dia 16 de Novembro? Vamos retomá-la agora.

O papel testou de fato a linha de 0% da fibonacci, em 6,78 e tentou buscar uma reação. Entretanto, não teve forças para superar a linha de 23,6%, que passa em 8,48.

Depois deste teste, o papel voltou a apresentar uma tendência de baixa, que deve buscar os seguintes objetivos:

  1. Sua média de 9 dias, em 7,30;
  2. A linha de 0% da fibonacci, em 6,78;
  3. A base inferior das bandas de bollinger, atualmente em 5,65;

Este comportamento também poderá ser confirmado com o cruzamento para baixo do MACD com sua linha de sinal.

Para novos posicionamentos, recomendamos aguardar:

  1. O rompimento da resistência do canal vermelho, atualmente em 8,28;
  2. A superação da linha de 23,6% da fibonacci, em 8,48.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Análise do Santander - SANB4

Atendendo ao pedido do Randall, estamos publicando a análise das ações preferenciais do Santander. De antemão alertamos que não indicamos esta ação, devido à sua baixíssima liquidez.

Desde Setembro o papel vinha em uma tendência de alta, motivada pelos boatos de aquisição do Banco Real (ABN Amro) no Brasil por parte do Santander. No final de outubro, a negociação se concretizou, levando o papel a uma cotação máxima de 0,34. O canal de alta está representado em azul no gráfico.

Depois da concretização do negócio, o papel assumiu uma tendência baixista, indicada pela linha vermelha, formando um triângulo. Somente recomendamos novos posicionamentos no papel caso a cotação respeite o canal de alta, atualmente em 0,24 e consiga romper a resistência da linha vermelha.

Devido à pequena liquidez do papel, somente o recomendamos para quem opera com um horizonte muito longo. Para quem gosta de operar no curto prazo, este papel pode ser uma fria, já que vendê-lo rapidamente pode significar prejuízos.

Outra característica negativa do papel, na modesta opinião deste blog, é o valor de suas ações. Ativos que custam poucos centavos podem ser uma fria, já que vender por 1 centavo a menos significa abrir mão de 4% do lucro, ou amargar um prejuízo ainda maior.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Oferta Pública de ações do Banco do Brasil

Na próxima terça-feira encerra-se o período de reservas das ações do Banco do Brasil.

Achei interessante a estratégia de fazer uma oferta visando atingir o varejo. Uma popularização consciente do mercado de ações é importante para o amadurecimento do nosso mercado, ao contrário do estardalhaço da BM&F e a matéria para tentar vender mais revistas que saiu na revista Época.
O prospecto preliminar da BM&F entre 10% e 20% da oferta para o varejo e exigia um mínimo de R$ 5.000,00 para a reserva. No fim das contas, foi aquela palhaçada de apenas 10% para o varejo e rateio de R$ 1.820,00.
Já o Banco do Brasil garante 20% das ações para o varejo, sendo que o percentual poderá chegar em 80%. A reserva mínima será de R$ 1.000,00.

Não gosto muito de ofertas de ações que já são cotadas na BOVESPA, especialmente em um período de grande volatilidade, como o que estamos atravessando. Se os mercados mantiverem esta onda de altas, pode ser um negócio bem lucrativo. Mas se o subprime voltar a assustar, pode ser um mau negócio entrar nesse IPO. Sendo assim, prefiro continuar só com os riscos normais do mercado de ações.

O Infomoney publicou uma matéria bem interessante sobre os riscos da oferta.

Sobre o Banco do Brasil especificamente: por que eu vou confiar meu dinheiro a uma instituição onde seu principal acionista diz que seu objetivo não é ter lucros? Acho ação social e filantropia importantes, tanto que colaboro regularmente com ações desta natureza. Mas na BOVESPA, tenho uma visão estritamente capitalista. O objetivo é lucro e ponto final.

Além do mais, enquanto as outras instituições visam contratar ou formar os melhores profissionais no mercado, os principais cargos do Banco do Brasil são preenchidos de forma muito pior do que nas empresas de fundo de quintal: por indicações políticas. Confio mais em empresas familiares que o pai entrega o cargo de diretor operacional ao seu filho, que pelo menos é bem intencionado, do que a um governo que entrega cargo de importância semelhante a um apadrinhado politicamente que chega sem nenhum compromisso com a instituição e, muitas vezes, com objetivos escusos.

E, antes que perguntem, tenho as mesmas restrições à Petrobrás. Mas ela pelo menos tem dois atenuantes: o monopólio que ela possui e o preço da commodity nas alturas. Quando é para trabalhar com blue chips, eu normalmente vou de Vale.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Papéis em promoção

Promoção imperdível!! Produtos com até 50% de desconto! É isto mesmo, 50% de desconto!! Isto poderia ser uma propaganda na TV de uma destas lojas de eletro-eletrônicos, mas também poderíamos muito bem estar falando da BOVESPA. Desde que a crise do sub-prime começou, lá no fim de Julho, alguns papéis começaram a derreter. Depois dos primeiros efeitos da crise, a BOVESPA já se recuperou e bateu novos recordes. É verdade também que depois disto o mercado voltou a se assustar quando os resultados do 3T07 começaram a sair. Mas, em nova demonstração de força, as cotações voltaram a ser aproximar do valor recorde. Na última sexta feira, o IBOVESPA fechou cotado em 63.006 pontos, apenas 2.311 pontos abaixo de sua maior cotação, em 31 de Outubro. Apesar da recuperação da BOVESPA, alguns papéis ainda não se recuperaram. A grande pergunta é: Eles voltarão mesmo aos patamares anteriores ou havia certo exagero nas cotações pré-crise? De toda forma, os Vixtraders apresentam uma seleção de papéis que compõem o IBrX-100 que tiveram a maior desvalorização no período. O IBrX-100 é composto por 100 ações selecionadas entre as mais negociadas na BOVESPA, em termo de número de negócios e volume financeiro, sendo, portanto, um índice mais amplo que o IBOVESPA. Papel - Maior Cotação - Últ Cotação - Variação (Sempre negativa) ECOD3 - 15,00 - 6,85 - 54,3% CARD3 - 12,10 - 6,08 - 49,7% ETER3 - 11,44 - 6,38 - 44,2% GUAR3 - 108,50 - 61,95 - 42,9% ENBR3 - 40,85 - 26,85 - 34,2% OHLB3 - 38,50 - 25,50 - 33,7% NATU3 - 27,75 - 18,65 - 32,7% TLPP4 - 64,92 - 47,50 - 26,8% PCAR4 - 40,75 - 29,86 - 26,7% DASA3 - 46,49 - 34,67 - 25,4% DURA4 - 59,39 - 44,70 - 24,7% RENT3 - 23,65 - 17,85 - 24,5% NETC4 - 34,28 - 26,60 - 22,4% CPLE6 - 35,20 - 27,85 - 20,8% EMBR3 - 24,32 - 19,60 - 19,4% Temos aí uma seleção de 15 papéis em diferentes setores da economia e com uma característica em comum: um bom desconto em relação aos níveis atingidos em Julho. Como em toda promoção, estes papéis podem ter algumas cláusulas escritas em letras miúdas que precisam ser lidas antes de tomar qualquer decisão. Por exemplo, já falamos no blog de Brasil Ecodiesel e da Eternit. Quem conseguir encontrar mais cláusulas escritas em letras miúdas, compartilhe estas informações conosco. Bons negócios a todos e aproveitem as promoções com moderação!